“O correio ficava na Rua Coronel Oliveira Lima, esquina com o Largo da Estátua e que ainda não tinha esse nome naquele tempo. Não se entregavam cartas em casa. No correio havia uma prateleira com divisões, onde as cartas, separadas conforme a primeira letra do nome, eram colocadas. Quando alguém procurava saber se tinha alguma carta, a funcionária única ia até a prateleira procurar”.
Cf. Waldomiro de Sá, “A minha história de Santo André”, 2003, p. 31.
* * *
Entristece ver um dos prédios mais significativos de Santo André: o da agência central dos Correios, no coração da Praça Quarto Centenário. A pichação macula uma obra inaugurada em 1961. Ela ganhou o número 2 do Corredor Cultural, que foi implementado na segunda gestão do prefeito Celso Daniel. Até a placa que assinala o Corredor está pichada. A placa da Praça Quarto Centenário está pichada. Mesmo assim, graças ao verde ao redor, o espaço torna-se menos árido e atrai muita gente que aproveita o frescor do ambiente para sentar-se em bancos estrategicamente colocados, para ler, conversar, descansar.
Internamente, a agência dos Correios está um brinco e conservada. Mas basta abrir as portas de ferro para que a pichação das mesmas chegue ao saguão interno, dando a impressão que até ali floresce a “obra” dos pichadores. Basta pintar as paredes externas, e as pichações voltam. Os antigos da cidade se revoltam, o que inclui os próprios funcionários da agência. O que se há de fazer?
O lado municipal – “Fico chateado. Olho o prédio. Vejo que ele pode mudar da água para o vinho, a baixo custo”.
O andreense Paulinho Serra, secretário de Obras, está atento ao problema de pichação da agência de correios de Santo André. E já realizou reuniões com a EBCT visando a uma parceria. A Prefeitura entraria com mão-de-obra da administração direta e algum material; os Correios com a tinta. E o prédio voltaria a ser como era.
Mas a ideia de Serra é mais ampla e se manifesta por uma palavra: revitalização. Revitalizar o corredor da Elisa Flaquer ao Viaduto da Acisa. Revitalizar a Praça IV Centenário. Remanejar as palmeiras imperiais para o terreno gramado em torno do Marco Zero. Estabelecer um novo conceito de iluminação, inclusive mais econômica, num trabalho já pensado por Paulo Candura, que fez projeto semelhante no Parque Celso Daniel.
A vegetação esconde o prédio dos Correios e favorece sua depredação e pichação. Daí a ideia da transferência das árvores para um espaço mais adequado da praça.
Pelo menos mais duas reuniões serão realizadas entre a Prefeitura e os Correios, para que as primeiras intervenções comecem em março. Se há recursos? Pelo menos para a iluminação pública, sim.
E há a mão-de-obra dos trabalhadores municipais. No lugar de grandes investimentos, criatividade. E a ideia a ser discutida: colocar grades em torno da agência, como ocorreu com a vizinha Escola Américo Brasiliense.
“Há formas de grades bem mais leves”, acentua Paulinho Serra, favorável à medida. Mas é uma opinião pessoal. Como pensariam os Correios?
AMANHÃ EM MEMÓRIA – Um contraste entre o Monumento ao Trabalhador, novinho em folha, reluzente, e o Marco Zero, inaugurado no governo Aidan e encoberto pelo mato.
MARCO ZERO. No coração da cidade de Santo André, a imundície em torno de um equipamento histórico: o que fizeram do nosso Correio!
DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Terça-feira, 14 de fevereiro de 1984 – ano 26, nº 5443
MANCHETE – Konstantin Chernenko é eleito o novo presidente da URSS.
EDUCAÇÃO – Protesto de pais marca volta às aulas na região.
SOCIAL – Há meses sem um titular, a coluna “S”, de Social, do DIÁRIO, ganha novo titular: jornalista Otávio de Assis.
FUTEBOL – Domingo, no Recife: Náutico 2, Santo André 1, pela Copa Brasil.
POLÍCIA – Matam PM a tiros para roubar armas em Ribeirão Pires.
EM 14 DE FEVEREIRO DE...
1969 - Primeiro de Maio, de Santo André, realiza o Carnaval Tropicalista, o ‘Divino Maravilhoso’, abrilhantado pela orquestra de Clovis Ely.
- Livraria Casa Branca cria representante em Utinga, Santo André.
SANTOS DO DIA
Cirilo (monge)
Metódio (bispo)
Valentim
NA CBCM *
(Outubro de 1930)
1. Na entrada da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos, à época com uma letra a mais na sigla, M, de “Munições”) uma tabuleta sintetiza a situação geral não só do Brasil mas do mundo inteiro: “Não há vagas”.
2. Apeado da bicicleta, sondei a entrada. Procurei o portãozinho. Medrosamente, como um verdadeiro ‘sem destino’, abri e inspecionei aquele lugar desconhecido e estranho para mim.
3. Um operário indicou-me quem era o professor Strumillo, pessoa de confiança do Matarazzo Filho, napolitano sabido. É justo que eu ficasse meio atrapalhado para me apresentar a um quase desconhecido que tudo havia combinado com papai. Continua.
*MEUS CADERNOS, Octaviano Gaiarsa
FALECIMENTOS
SANTO ANDRÉ
Waldemar Renosto, 85. Natural de Laranjal Paulista (SP). Dia 29 de janeiro. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.
Carmo Santana, 80. Natural de Santa Luzia do Itanhy (SE). Dia 17. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.
Genny Pocheca Gabriele, 78. Natural de Campinas (SP). Dia 31. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Vila Curuçá.
Orlando Sanches, 72. Natural de Porto Feliz (SP). Dia 18 de janeiro. Crematório de Vila Alpina.
João Maria da Silva Pacheco, 66. Natural de Ponta Grossa (PR). Dia 23 de janeiro. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.
Maria Auxiliadora Monteiro, 64. Natural de São Paulo (SP). Dia 30 de janeiro. Crematório de Vila Alpina.
Marinalva da Silva Mantovani, 59. Natural de Craibas (AL). Dia 28. Crematorio de Vila Alpina.
Maria Zilda Ramos Hayashida, 56. Natural de Gália (SP). Dia 31. Cemitério São Pedro, Vila Alpina.
Mario Mielnik, 51. Natural de São Paulo (SP). Dia 31. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.
SÃO BERNARDO
Maria Rosa Fernandes, 92. Natural de Portugal. Dia 9. Cemitério de Vila Euclides.
Eduardo Gomes Alfarelos, 82. Natural de Portugal. Dia 4. Cemitério de Vila Euclides.
Inês Cardoso Fortunato, 65. Natural de São Bernardo. Dia 10. Cemitério de Vila Euclides.
Antimo de Paula Neto, 58. Natural de São Bernardo. Dia 11. Cemitério de Vila Euclides.
Edvaldo Amaral Pereira, 56. Natural de Santo André. Dia 31. Jardim da Colina.
José Roberto Brasilio de Lima, 48. Natural de São Paulo (SP). Dia 5. Cemitério de Vila Euclides.
SÃO CAETANO
Nadejuda Cianfarani, 94. Natural da Romênia. Dia 27 de janeiro. Cemitério São Caetano, Vila Paula.
Elizabeta Metzger Reiner, 77. Natural de São Caetano. Dia 1º. Cemitério São Caetano, Vila Paula.
José Rubens Sachi, 72. Natural de Quatiguá (PR). Dia 10. Cemitério São Caetano, Vila Paula.
MAUÁ
Wilson Vieira Guimarães, 46. Natural de Mata Grande (AL). Dia 1º. Cemitério Santa Lídia.
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