Política Titulo Racha
Reali precisa lidar com 1º
racha como presidente do PT

Composição da executiva desagrada bancada,
que ajudou vitória interna do ex-prefeito petista

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
20/01/2014 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Recém-empossado presidente do PT de Diadema, Mário Reali se depara com a primeira turbulência no diretório. Tudo porque ele convocou reunião para composição da executiva no mesmo dia de uma confraternização da Câmara, impedindo a participação de vereadores da bancada petista que o apoiaram no PED (Processo de Eleição Direta).

Reali não era favorito para assumir o comando do petismo local por resquícios da eleição de 2012, quando não conseguiu a reeleição e viu a hegemonia petista na cidade naufragar no duelo contra o jovem vereador Lauro Michels (PV). O bloco de parlamentares acenava com a vitória de Ronaldo Lacerda, vereador de primeiro mandato e egresso do movimento de moradia no município.

Por intermédio do ex-prefeito de Diadema e atual secretário de Saúde da Capital, José de Filippi Júnior, a bancada decidiu apoiar Reali num processo de reconstrução da imagem do ex-chefe do Paço. Em contrapartida, Reali teria de abrir espaços para vereadores na executiva, composta por 11 integrantes. Porém, a reunião no mesmo dia da confraternização da Câmara fez com que apenas os parlamentares José Antônio da Silva e Lílian Cabrera – pertencentes ao mesmo grupo político capitaneado por Filippi – fossem agraciados.

Sem estar presente à reunião, grupo de vereadores descontentes com a postura da nova direção não impediu que a Articulação de Esquerda apresentasse o nome de Licio Lobo para a secretaria-geral da legenda, cargo estratégico no partido. Licio foi secretário de Governo em Diadema e candidato ao PED estadual, que teve como vencedor o ex-prefeito de Osasco Emidio de Souza. Ele pertence a uma corrente que fez intensa oposição à gestão Reali, inclusive convocando greve geral do funcionalismo que durou quase um mês.

Reali reconheceu o estremecimento interno, alegando que teve de cumprir prazos estatutários de encaminhamento dos integrantes da executiva que conflitavam com calendário de festejos de fim de ano. “Houve problema de comunicação, mas as regras do jogo também estavam colocadas. Agora é tocar a vida”, disse. “Talvez fosse possível formar time melhor, mas sinto que todos estão representados (na executiva). E também acho que a bancada é a expressão máxima da política (do PT) na cidade.”

LÍDER DE BANCADA

Como resposta à articulação de Reali para alocar apenas aliados diretos na composição da executiva, o bloco de parlamentares não vai ceder à pressão para manutenção de José Antônio como líder da bancada e já apresentou o nome de Josa Queiroz, ex-presidente do diretório, como futuro chefe do grupo petista na Câmara.




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