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Ventiladores somem das
lojas por causa do calor

Nos primeiros dias de 2014, estabelecimentos
venderam como no início do ano passado

Andréa Ciaffone
Do Diário do Grande ABC
05/01/2014 | 07:28
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Denis Maciel/DGABC


O ano de 2014 começou quente. E, por causa das temperaturas altas, o comércio de ventiladores, circuladores de ar, climatizadores, vaporizadores e aparelhos de ar- condicionado está com as vendas de vento em popa.

“Só não vendemos mais por falta de produto. Em um único dia comercializamos 240 unidades com preços entre R$ 59 e R$ 229”, diz Nilton Elias, gerente da loja Nivalmix localizada no calçadão da Rua Oliveira Lima, em Santo André.

“Ainda estou com sorte porque tenho dois modelos para eu escolher”, brinca a cortadeira Maria do Socorro Teotônio, 40 anos, de Santo André. “Comprar ventilador num calor destes é questão de necessidade. Não posso suportar a perspectiva de dormir mal mais uma noite.”

Segundo Fabiano Sanchez, supervisor da loja Mais Valdir, também no calçadão da Oliveira Lima, ninguém esperava essa procura maciça por circuladores de ar. “Nos dois primeiros dias úteis deste ano vendemos o equivalente a janeiro e fevereiro de 2013.”

“Depois de algumas noites difíceis para os meus filhos, saí decidida. Passei em vários hipermercados e já não tinha mais nada. Ainda bem que consegui comprar as três peças que eu precisava. Não é da marca líder, mas tem garantia”, diz a frentista Luciana Miranda, 41, de Santo André. “Diante do calor, nem me preocupo com o consumo de energia. Aliás, tenho a impressão de que o chuveiro elétrico gasta mais no inverno”, diz.

A auxiliar administrativa andreense Luciana Santos, 40 anos, também fez o circuito dos grandes magazines – esteve em quatro – em busca do seu ventilador, sem sucesso. “Quando encontrei não deu para escolher marca. Levei o que tinha”, confessa.

A dificuldade das andreenses se explica. Só nas lojas do Walmart da região houve alta de 40% na saída de ventiladores entre o Natal e o Ano-Novo. A explosão nas vendas de aparelhos de ar-condicionado e climatizadores foi ainda maior. Na última semana de dezembro, o crescimento foi acima de 100% na comparação com o mesmo período de 2012. Para janeiro, a expectativa de alta é de 40% ante 2013.

MAIS ACESSÍVEL - De acordo com Mauro Apor, gerente de produto e operações de ar-condicionado residencial da LG Eletronics, uma das três empresas que mais vendem o aparelho no País e que vem registrando maior crescimento, instalar o equipamento em casa deixou de ser exclusividade dos mais ricos. “O preço de um aparelho split, que é a tecnologia mais moderna e eficiente, está em torno de R$ 900. Há cinco anos, custava cerca de R$ 2.500. Essa redução, que é natural conforme uma tecnologia é absorvida, fez o ar-condicionado ficar mais acessível.”

Apor conta que, como o aparelho está mais eficiente, o impacto na conta de luz para utilizar num dormitório por oito horas durante 30 dias é de R$ 50, em média. Além do valor do aparelho, o consumidor terá de pagar pela instalação e verificar se não há limitações para colocá-lo no imóvel. Só aí poderá dormir tranquilo.
 




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