As autoridades australianas planejavam para essa quinta-feira utilizar um helicóptero a bordo do navio chinês Snow Dragon para resgatar os 52 cientistas e turistas à bordo, uma dúzia por vez, em uma operação com duração de cinco horas. Todos os 22 membros da tripulação devem continuar no navio.
Os passageiros seriam então transportados de helicóptero por 11 quilômetros para o Snow Dragon, de onde eles seguiriam de barca ao navio quebra-gelo australiano Aurora Australis. A partir daí, todos seriam levados à ilha da Tasmânia, com previsão de chegada em meados de janeiro.
Na manhã desta quinta-feira, no horário local, a autoridade australiana para segurança marítima, que coordena o resgate, havia dito que as condições climáticas melhoraram e que os voos de resgate deveriam começar. No entanto, antes da operação ter início, o gelo bloqueou o caminho que a embarcação teria que percorrer do navio australiano até o navio chinês. A autoridade marítima disse que como o Aurora não foi construído para suportar um pouso de helicóptero, parece improvável que os passageiros sejam resgatados nesta quinta-feira.
"Esse resgate é uma operação complexa, envolvendo uma série de passos. Operações na Antártida sempre são dependentes do clima e do gelo e as condições podem mudar rapidamente", afirmou a agência, em comunicado.
O navio, que transporta cientistas e turistas, muitos deles australianos, e a tripulação russa, ficou preso no gelo na véspera de Natal. Apesar de não poder se mover, o Akademik Shokalskiy não corre risco de afundar e possui suprimentos para os passageiros se manterem por semanas.
Três navios quebra-gelo já tentaram chegar ao navio russo, mas todos falharam. O Aurora Australis conseguiu alcançar uma distância de 20 quilômetros do navio russo na segunda-feira, mas fortes ventos e a neve forçaram a embarcação a recuar para o mar aberto. Fonte: Associated Press.
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