Economia Titulo Consumo
Proximidade do
Natal movimenta
supermercados

Apesar da alta demanda, clientes não
enfrentaram filas na tarde de ontem na região

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
24/12/2013 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Os consumidores que deixaram para ir ao supermercado na última hora comprar itens natalinos não enfrentaram dificuldades. Além das prateleiras cheias, as filas eram pequenas. O Diário percorreu algumas grandes redes supermercadistas com unidades na região e constatou que nos estacionamentos muitas vagas estavam disponíveis.

O fluxo dentro dos estabelecimentos de compra se concentrava nos departamentos de bebidas e de congelados, onde ficam as carnes como peru, pernil e os típicos chester e tender. “Até então não tinha comprado nada. Deixei tudo para hoje (ontem). Mas está bem tranquilo e tudo que eu preciso encontrei”, conta a aposentada Luzia Verri, 65 anos.

Segundo ela, a ceia de Natal será na casa de sua irmã, por isso, os pratos foram divididos. “Assim não pesa no bolso de ninguém. Cada família deverá gastar em torno de R$ 200, já com bebida. Eu vou levar o salpicão de frango, o chester, frutas e o manjar.”

A única reclamação da aposentada é quanto aos preços. “Achei tudo caro, e não apenas as coisas para o Natal, mas os alimentos de uma forma geral.” Vale lembrar que  o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de São Paulo, que mede a inflação, fechou novembro com alta de 0,46%, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). O grupo alimentação registrou alta de 0,80%, após avanço de 1,20% em outubro, marcando o maior peso sobre a variação do índice, com impacto de 0,1824 ponto percentual.

O microempresário Osvaldo Salmazo, 34, também deixou as compras para a segunda-feira. Na lista estavam pernil, ingredientes para maionese de legumes e para os doces. “Vamos ceiar na casa da minha irmã e dividimos os pratos. Pelas contas gastamos R$ 300, já com bebida. A única coisa que não achei foi  o pernil de cordeiro. Terei que ir a outro mercado para ver se encontro.”

Acompanhado pela mulher, a dona de casa Roberta, 34, Salmazo também acha que os preços dos alimentos estão mais altos. “O que impressiona são os preços dos alimentos industrializados. As carnes, por mais incrível que pareça, estão com os preços bons, bem acessíveis.”

De fato, os valores dos cortes se mantiveram praticamente iguais ou até menores do que em 2012. De acordo com reportagem publicada pelo Diário e com base na pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), o preço do quilo do tender (pernil de porco processado e defumado), por exemplo, tradicional da data, está 23,90% menor neste ano – em 2012 era vendido a R$ 41,69 e, agora, sai por R$ 31,72. O quilo de peru temperado também barateou: de R$ 13,88, em 2012, para R$ 13,17 (diferença de 5,16%).

Apesar dos preços atrativos, o casal de aposentados Mario Luis Andreota, 64, e a mulher, Ana Pereira Andreota, 65, faz questão de pesquisar entre diversos estabelecimentos. “Na ceia vamos reunir 17 pessoas. Nosso gasto base foi de R$ 300, com tudo. É claro que dividimos alguns pratos, mas, mesmo assim, a economia que fizemos foi grande.” E de fato foi. A dona Ana pagou em uma unidade supermercadista R$ 15 pelo quilo da cereja. No domingo, ao percorrer feiras livres da região, o Diário constatou que o quilo da fruta chegava a R$ 50.




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