Economia Titulo Na região
Natal incrementa
venda de frutas
em feiras

Entre opções mais caras está a romã, cuja
unidade é R$ 10, e o quilo da cereja, a R$ 50

Por Tauana Marin
do Diário do Grande ABC
23/12/2013 | 07:07
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Andréa Iseki/DGABC


Banana, maçã, pera ou mamão. As frutas tradicionais, facilmente encontradas nos carrinhos de feira, começam a dar espaço àquelas tipicamente natalinas. Nas feiras livres realizadas no Grande ABC os consumidores já iniciaram a corrida pela compra de frutas para a ceia. Entre as mais requisitadas estão uva rubi, pêssego, abacaxi, melancia, melão e ameixa.

Devido ao aumento de procura, alguns feirantes esperam até dobrar a quantidade de vendas, mas na média, o crescimento é de 30%. “Estou me adiantando e enchendo o carrinho, quero ficar tranquila nos próximos dias”, conta a empregada doméstica Jussara Peres, 37 anos. Nas suas mãos R$ 40. “Com essa quantia consigo levar para casa diversos produtos frescos, de boa qualidade. Não abro mão da uva e da melancia na noite de Natal. É tradição.”

Os preços já estão mais ‘salgados’, e isso deve piorar para quem deixar a compra das frutas na terça-feira entre as feiras livres. Segundo feirantes, se ontem quatro mangas eram vendidas a R$ 3, na véspera do Natal duas custarão R$ 5. “Deixar para última hora sempre custa mais caro. Por isso vim hoje (ontem) à feira. Compro as frutas menos maduras, porque até terça estão no ponto”, revela o contador Luis Cassio, 56.

O quilo da uva itália estava a R$ 7. Os consumidores mais econômicos preferiam a bandeja de uva rosada, a R$ 6. O preço do melão variava entre R$ 3 e R$ 7, dependendo do tipo e tamanho. O abacaxi pérola estava a R$ 3. Outra fruta bastante procurada nesta época, o pêssego, estava com preço entre R$ 5 e R$ 9.

Boa parte dos clientes optou por comprar 1/4 da melancia ao invés de inteira. Os preços variavam entre R$ 3 e R$ 4. Já a fruta toda custava R$ 6, em média.

Mesmo com valores mais altos, a aposentada Iolanda Blanco, 73, prefere a feira aos mercados. “A qualidade é outra. Fora que no comércio de rua tenho as opções em dúzias e não por quilo. Por exemplo, a laranja, a banana pela dúzia e não pelo peso, por isso levo vantagem. A aposentada garante que com R$ 30 vai levar para casa os itens de consumo diário mais as frutas específicas para a ceia. “Compro um pouco de tudo, no fim até sobra.”

ARTIGOS DE LUXO

Entre as barracas da feira dois produtos, em específico, chamaram a atenção pelos valores. Tipicamente comprada no Ano-Novo, a romã era vendida a preço de ouro. A unidade era comercializada a R$ 10. Já o quilo da cereja era encontrado a R$ 50. A caixinha de lichia custava R$ 8.

Bastante consumida, a nectarina chilena custa R$ 10 o quilo “São produtos que custam mais mesmo, não são produzido em larga escala como banana, mas, fazer o quê? Deixo para comprar apenas nesta época. Me dou esse luxo”, avalia o técnico em informática Carlos Macedo, 47.

Devido à compra desses itens a mais, o gasto na feira da auxiliar de reciclagem Maria Josete, 38, subiu para R$ 70. “Há alguns produtos que compensam ser comprados no mercado e outros na feira, mas, quem tem tempo hoje em dia para ficar rodando e presquisando preço? Já que preciso comprar venho à feira, não preciso tirar o carro da garagem e os produtos são bons. A variedade também é maior.”




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