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Rede quer respaldo da região para candidatura ao Estado

Sem conseguir oficialização na Justiça, sigla tenta convencer o PSB a oferecer alternativa

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
05/12/2013 | 00:00
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O comando estadual da Rede Sustentabilidade busca respaldo no Grande ABC para convencer o PSB a lançar candidatura própria ao Palácio dos Bandeirantes. Porta-vozes paulistas do partido em formação, Célio Turino e Marcela Oliveira ministraram palestra ontem, na Câmara de Santo André, com enfoque regional e reforçaram o discurso da ex-senadora Marina Silva (PSB) de oferecer alternativas.

A Rede tenta ampliar o discurso na região e endossar com palestras e encontros que exaltam os ideais partidários. “Estamos construindo um partido em sua base. Nosso principal objetivo é a Rede, estamos nas asas brancas do PSB de maneira transitória. Respeitamos muito as decisões e construções políticas do partido, mas a Rede tem uma posição”, destacou Turino.

Entre as cerca de 50 pessoas presentes no encontro em Santo André, militantes das sete cidades da região e, inclusive, da Capital prestigiaram o ato. O vereador Almir Cicote (PSB), que fez as vezes de anfitrião, e o ex-parlamentar são-caetanense Cabo Dias (PSB) também estiveram no local. No sábado, o partido volta a se reunir no Instituto Henfil, em Mauá, para selar o pacto pela candidatura própria.

Combatendo os 20 anos de administrações do PSDB no Estado, que tentará manter a hegemonia na figura do governador Geraldo Alckmin no pleito de 2014, a Rede já cogita nomes que possam surgir como alternativa. “Temos a deputado federal Luiza Erundina (PSB), o vereador (da Capital) Ricardo Young (PPS), que é da Rede, e poderiam ser opções. Vamos discutir com todo respeito com o PSB”, comentou Turino.

Já com discurso eleitoral, o porta-voz comparou as seguidas gestões tucanas a oligarquias como a da família Sarney no Estado do Maranhão e do presidente sírio, Bashar al-Assad. “No Maranhão houve um intervalo com uma administração diferente. O presidente da Síria está no comando desde 2001. Tudo isso é mais que o PSDB em São Paulo. Aqui não houve um intervalo entre as políticas falidas do PSDB”, declarou o dirigente.

Caso a investida da Rede em lançar candidatura própria naufrague e o PSB confirme a intenção de ocupar a vice na chapa de reeleição de Alckmin, a sigla vai adotar postura neutra. Os seguidores de Marina Silva que sairão candidatos a deputado pela legenda socialista, por exemplo, não terão obrigação de fazer campanha para o governador.

A Rede, que se aliou ao PSB após ter o pedido de legalização do partido negado pela Justiça, reafirmou a intenção de oficializar o partido. Marcela Oliveira resgatou o processo “traumático” que a sigla passou ao enfrentar a burocracia na confirmação das mais de 900 mil assinaturas entregues em cartórios do País. “A prioridade é garantir a identidade e a formação da Rede. Só demos uma respirada e vamos prosseguir com esse trabalho”, disse Marcela.




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