Política Titulo Topo do ranking negativo
Região possui dívida consolidada da ordem de R$ 4,6 bilhões

Valores são de levantamento do Tribunal de Contas, baseado em dados de prefeituras paulistas

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
24/11/2013 | 07:49
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A maioria das cidades do Grande ABC encabeça o ranking negativo de principais devedores de São Paulo. Em lista dos 20 municípios com dívida consolidada de maior volume, quatro pertencem a região, conforme relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado) levantado a partir de dados fornecidos por cada prefeitura. No total, os débitos regionais computam o valor de R$ 4,6 bilhões, contabilizados em dezembro. Esse número representa 11,5% da dívida das cidades paulistas, que engloba o montante de R$ 40,1 bilhões.

São Bernardo, de Luiz Marinho (PT), com passivo de R$ 1,5 bilhão, aparece em quinto lugar no ranking. Atrás apenas de Osasco, Guarulhos, São José dos Campos e Campinas – a Capital não consta na análise. Na lista, dívidas contratuais internas, precatórios, INSS e Pasep figuram entre os vilões. Logo na sequência, em sexto colocado, está Santo André, de Carlos Grana (PT). A conta foi registrada em R$ 1,4 bilhão de débitos. Somente de precatórios a cidade deve o equivalente a R$ 900 milhões.

Santo André possui a marca desfavorável de maior fatia de dívida com precatorianos. Grande parte devido a perdas judiciais trabalhistas da época do prefeito Celso Daniel (PT), morto em 2002 – na região, o débito com precatórios supera a margem de R$ 1,3 bilhão. A cidade também carrega o ônus de maior passivo per capita: R$ 2.134. A média por habitante nas sete cidades é de R$ 1.749,34.

Com histórico de gestões petistas, Diadema, de Lauro Michels (PV), relatou R$ 803,6 milhões de dívida fundada, ou seja, àquela que compreende compromissos superiores a 12 meses. Diante desse passivo, ficou posicionado no 12º posto. A cidade também sofre com débito de precatórios, que hoje chega ao número de R$ 200 milhões.
Cidade comandada por Donisete Braga (PT), Mauá tem dívida de R$ 611,5 milhões, ficando na 16ª colocação. À época da amostra, só a dívida com a Caixa Econômica Federal estava estimada em R$ 418 milhões.

As outras três cidades da região se encontram em patamar abaixo desse índice, embora duas delas tenham maior limitação orçamentária. Ribeirão Pires, de Saulo Benevides (PMDB), aparece em 58º lugar, com passivo de R$ 90,9 milhões. O município de São Caetano, sob a tutela de Paulo Pinheiro (PMDB), deve R$ 63 milhões e consta no 89º posto. Por fim, Rio Grande da Serra, de Gabriel Maranhão (PSDB), está em 139º colocado, com débito de R$ 47 milhões.




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