Cultura & Lazer Titulo Cinema
Encerramento da trilogia
de Batman é eletrizante

Com direção de Christopher Nolan, 'O Cavaleiro das Trevas
Ressurge' consagra vilões; o longa estreia nesta sexta-feira

Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
27/07/2012 | 07:00
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Leitor, acalme-se. O único spoiler que esse texto pode conter é pura obviedade: o encerramento da trilogia que o cineasta Christopher Nolan imaginou para o Homem Morcego é arrebatador. "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge" é entretenimento de qualidade para além do gueto dos apreciadores de quadrinhos. Os iniciados na nona arte bem sabem: as histórias do Batman são dos vilões. Assim como "O Cavaleiro das Trevas (2008), que consagrou postumamente Heath Ledger como um impressionante Coringa, este longa pertence a Bane (Tom Hardy), mercenário determinado a nada menos que destruir Gotham City.

Oito anos após ter ajudado a estabelecer uma suposta calma em sua amada cidade, Bruce Wayne/Batman (Christian Bale) é figura decadente. Deprimido, de bengala, vive alheio aos aparentes tempos de paz, apesar dos apelos do fiel mordomo Alfred (Michael Caine). Entre as já abundantes tragédias em sua biografia, soma-se a responsabilidade pela morte do promotor Harvey Dent, que é tido como herói pela opinião pública apesar de ter encarnado o psicopata Duas Caras.

A reclusão tem fim quando o idealista policial John Blake (Joseph Gordon-Levitt) o procura: há algo de muito malévolo sendo tramado nos subterrâneos de Gotham. É o exército horroroso de Bane, que desafia a força policial e, claro, o Homem Morcego.

Paralelamente à retomada do uniforme preto, o herói lida com duas belas: a milionária Miranda Tate (Marion Cotillard) e a ladra Selina Kyle/Mulher Gato (papel de Anne Hathaway).

O Cavaleiro das Trevas Ressurge tem 164 minutos (dos quais 72 foram filmados em tecnologia IMAX). Pode parecer muito, mas as cenas são eletrizantes. Apesar disso, as tecnologias dignas da imaginação de Lucius Fox (Morgan Freeman) não ofuscam um dos pontos mais fortes da identidade: o personagem segue humano sob o símbolo de força do herói. E é o elenco afiadíssimo - e não os efeitos especiais - que dá liga a isso tudo. A equipe de produção da franquia anterior de O Homem-Aranha poderia aprender uma coisa ou outra sobre como encerrar uma trilogia com a turma de Christopher Nolan.

 




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