Categoria se organiza para realizar grande ato no dia 29
para forçar melhorias nas negociações salariais
Como um dos passos para reforçar a campanha salarial deste ano, o Sindicato dos Químicos do ABC realizará assembleia, hoje, às 7h, na empresa de plástico de engenharia Stringal, em São Bernardo.
A companhia conta com cerca de 300 funcionários. Eles ficarão de braços cruzados durante todo o período da assembleia – o sindicato não soube estimar quanto tempo iria durar.
O diretor do sindicato e coordenador da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT do Estado de São Paulo), Raimundo Suzart, explicou que, também como reivindicação para atingir proposta favorável à categoria, a segunda reunião com os empresários, prevista para hoje, foi cancelada.
Essa medida, encabeçada pela Fetquim, que negocia com as empresas em âmbito estadual, teve como objetivo mostrar a insatisfação dos representantes dos trabalhadores químicos em relação à primeira reunião, que ocorreu há uma semana. Segundo Suzart, naquela ocasião, em que foram discutidas cláusulas sociais da campanha, não houve avanços nas negociações.
Agora, com a última reunião marcada para o dia 31, os químicos já se planejam para uma mobilização maior.
Segundo o coordenador do Sindicato dos Químicos do ABC para São Bernardo, Ronaldo de Oliveira, há uma articulação para que no dia 29 a categoria realize grande ato, nas maiores empresas dos setores químico e cosmético da região, como pressão para o encontro do dia 31. Não há definição sobre qual tipo de mobilização deverá ocorrer.
A bancada patronal deixou claro para a Fetquim que negociaria as cláusulas econômicas, como o reajuste salarial, os pisos e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) após assembleia com as empresas envolvidas, prevista para ocorrer no dia 30.
A data base dos funcionários das empresas químicas é no dia 1º de novembro. Como forma de agilizar as negociações e tentar reajustes e melhorias laborais a partir do primeiro dia do mês que vem, a Fetquim entregou a pauta antecipadamente. Entre os pedidos estão o aumento dos salários em 13% e a PLR de R$ 2.860.
Para o Grande ABC, as negociações têm como objetivo melhorar as condições laborais de 38 mil trabalhadores, que atuam em 900 empresas.
Isso porque outros 2.000 que pertencem a seis empresas do segmento farmacêutico já tiveram acordo fechado em abril. Esse grupo conquistou incremento real de 2%.
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