Alunos continuarão tendo aulas em outro local,
que ainda será definido pela Prefeitura de Ribeirão
A Defesa Civil de Ribeirão Pires interditou ontem a Escola Municipal Lavínia Figueiredo Arnoni, na Vila Mortari, onde parte do teto de uma das salas de aula desabou na tarde de segunda-feira. O incidente resultou em seis alunos com ferimentos leves. A expectativa é que a unidade escolar fique fechada por aproximadamente um mês e meio. Durante o período, receberá reforma estrutural completa.
“Nosso departamento de Obras e a Defesa Civil, em decisão conjunta, acharam melhor fechar e fazer intervenções grandes no local para não corrermos risco”, afirmou a secretária de Educação e vice-prefeita de Ribeirão Pires, Leo da Apraespi.
De acordo com a titular da Pasta, a Prefeitura já iniciou negociação com a Firp (Faculdades Integradas de Ribeirão Pires) para que a universidade disponibilize espaço e colabore na realocação dos alunos. “Estamos vendo essa possibilidade, que seria uma forma emergencial para darmos continuidade às aulas e não perdermos o ano letivo. Se isso não ocorrer, vamos alugar um imóvel que caiba todos os estudantes”, disse Leo. Ao todo, a unidade atendia 380 crianças, sendo 190 em cada período.
DIA SEGUINTE
A equipe do Diário esteve ontem no local para acompanhar o primeiro dia de aula após a queda do forro. Durante a manhã, as crianças foram recebidas normalmente porque peritos técnicos da Polícia Civil estiveram no imóvel e liberaram a escola. No período da tarde, as atividades foram suspensas para realização de vistorias técnicas, quando o equipamento foi interditado.
Muitas mães de estudantes que cursam o período matutino não tinham ciência do que havia acontecido no dia anterior. “Soube somente quando vim buscar meu filho na saída. Ninguém me avisou nada. Fico com um pouco de receio, mas se a escola manteve as aulas é porque não teve sérios problemas. A diretora sempre fica em cima das questões de estrutura, então isso foi acidente mesmo”, afirma a dona de casa e mãe de aluno Márcia Gonçalves, 44 anos.
No entanto, nem todas sentiram segurança em deixar os filhos na escola. Uma mãe, que pediu para não ser identificada, quis entrar no local para saber o que tinha ocorrido de fato.
“Minha filha tem 7 anos de idade e quando me contou o que aconteceu pensei que tinha sido algo muito maior. Conversamos e entendi que não era algo tão grave. Sou professora e fiquei imaginando como tudo pode ter acontecido.” O buraco no teto mede aproximadamente um metro de diâmetro.
Algumas mães consideraram inadequada a liberação da unidade. “Fiquei com medo de que pudesse acontecer mais uma vez e na sala do meu filho. Não acho que a direção deveria ter liberado as aulas antes de a Defesa Civil vir até aqui”, comentou a dona de casa Luciana Soares, 34.
Prefeitura prevê intervenções em todas as unidades do município
Após o incidente, o prefeito Saulo Benevides (PMDB) determinou que sejam feitas vistorias em todas as escolas municipais da cidade. Segundo a secretária de Educação e vice-prefeita, Leo da Apraespi, a intenção da administração é reformar todas as unidades municipais de ensino, com exceção das que foram inauguradas recentemente. “Algumas estão em fase de licitação e devem ser iniciadas em breve. A intenção é que o trabalho seja feito em todas.”
De acordo com titular da Pasta, neste ano já foi realizada avaliação das condições estruturais das 32 unidades de ensino na cidade. Onde o teto desabou, foi constatada necessidade apenas de pintura. “Anotamos todas as melhorias que seriam necessárias lá, reformas de telhados e esse tipo de coisa. Mas como essa escola é de laje, não apresentava características de necessidade de reforma. Foi um incidente”, afirmou Leo.
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