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Marinho ouvirá aliados para acabar com crise

Prefeito de S.Bernardo não dá sinais de que trocará líder de governo no Legislativo

Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
18/10/2013 | 07:00
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O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), vai intervir para evitar que a crise na base aliada na Câmara saia dos limites e interfira na votação de projetos de seu interesse. O petista se reúne hoje com o G-12 (grupo de 12 vereadores governistas insatisfeitos) para discutir o descontentamento do bloco com o líder do governo na Casa, José Ferreira (PT).

Nas últimas semanas, o G-12 declarou guerra a Zé Ferreira, alegando que a postura do petista no Legislativo é antidemocrática. A principal reclamação é pelo fato de o líder do governo privilegiar a votação de projetos de lei, requerimentos e títulos de cidadão de seus correligionários, sem deixar espaços aos demais aliados.

Marinho alegou desconhecer o princípio de crise entre os apoiadores e que vai discutir o assunto com Zé Ferreira e o secretário de Governo, José Albino (PT). “Vou conversar com eles para saber do que se trata. Não dá para fazer uma análise para um lado ou para outro se eu não sei o que está acontecendo”, disse o prefeito.

Questionado sobre a possibilidade de trocar o líder de governo na Casa, desconversou e defendeu o diálogo para aparar as arestas. “Seguramente uma conversa vai resolver isso”, projetou.

Ele também pretende se reunir com Zé Ferreira e os parlamentares João Batista (PTB) e Ramon Ramos (PDT), primeiro e segundo vice-líderes governista no Legislativo, respectivamente.

Quando assegurou a reeleição ao Paço são-bernardense em outubro do ano passado, Luiz Marinho cuidou pessoalmente da eleição do presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), e da escolha de Zé Ferreira como líder de governo.

O prefeito queria evitar os contratempos que encontrou quando iniciou o primeiro mandato, em 1° de janeiro de 2009, quando a maioria oposicionista na Câmara tramou a governabilidade do ex-sindicalista.

A crise na base governista ficou escancarada na terça-feira, quando o grupo faltou à reunião dos governistas que antecedem às sessões da Câmara. Para contornar a situação, Zé Albino convocou o grupo para uma reunião emergencial à tarde.

Mas apesar da iminência de motim entre os aliados, Zé Ferreira repetiu a manobra de privilegiar os requerimentos dos petistas.

A manobra foi interrompida pela reação do G-12, que sinalizou complicar a votação do PPA (Plano Plurianual), referente ao quadriênio 2014 a 2017.




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