Os bancários conquistaram mais um avanço nas negociações da campanha salarial. Ontem, em reunião que não havia terminado até o fechamento desta edição, às 0h15, a categoria recebeu oferta de reajuste de 8%, garantiu o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Eric Nilson.

Para hoje está prevista uma assembleia, na sede da entidade, para a apreciação do que foi acordado, ou rejeitado, ontem, na mesa. Enquanto a proposta não passar pelo crivo dos trabalhadores, a greve continua.

Segundo Nilson, também houve melhora, por parte dos bancos, na correção dos pisos salariais com 8,5%. Ainda faltam ser discutidas cláusulas sociais, como fim do assédio moral e melhoria da segurança em agências, e econômicas, como PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

A penúltima proposta das instituições financeiras, que foi rejeitada, oferecia reajuste de 7,1%. Os bancários querem 11,93% de correção nos salários e valor mínimo de R$ 2.860,21 para os pisos.

Ontem, a greve dos trabalhadores dos bancos atingiu a marca de segunda maior da história, com 22 dias de duração. A primeira da lista ocorreu em 2004, com 30 dias.

Foram fechadas na região 235 agências, e 2.780 trabalhadores cruzaram os braços. A concentração do movimento nas sete cidades tem sido nas agências dos centros do municípios.

Nilson, que faz parte do grupo do Comando Nacional dos Bancários, da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Central Única dos Trabalhadores), participou das negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Além de os consumidores sentirem os prejuízos da greve, enfrentando filas em caixas eletrônicos e em agências dos bairros, o comércio também foi prejudicado. A equipe do Diário constatou que estabelecimentos de alimentação e vestuário, próximos das unidades fechadas, sofreram mais.