Com críticas do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) e da bancada de oposição ao governo do prefeito Lauro Michels (PV), a Câmara de Diadema aprovou o convênio para instalar o sistema Sesi (Serviço Social da Indústria) para a rede municipal da Educação. A estimativa da administração, agora, é iniciar ainda neste mês o processo de adequação da metodologia ao professorado.

Ontem, lideranças do Sindema e professores questionaram o projeto, dizendo que o sistema Sesi não era garantia de melhoria nos índices de Educação. A entidade também contestou o fato de o prefeito ter rasgado informativo da instituição com críticas ao convênio – o Sindema distribuiu, inclusive, novo folheto com mais críticas e com charge de Lauro despedaçando o periódico.

A parceria com o Sesi demandará R$ 2,8 milhões de investimento anual do governo – R$ 115,75 por aluno a cada ano. Para o sindicato, a quantia poderia ser destinada à capacitação profissional com cartilhas recomendadas pelo MEC (Ministério da Educação).

Durante a sessão, a bancada do PT, que votou contra o texto, acusou Lauro de não ter aberto discussão de implementação do sistema com educadores e sindicato. “Aposto que nem mesmo a base governista conhece o ensino Sesi”, disparou Ronaldo Lacerda (PT).
Líder do governo na Casa, José Dourado (PSDB) fez mea-culpa da administração por não ter estendido os debates sobre o sistema Sesi.

COMUNICAÇÃO
Antes da aprovação do projeto, Lauro havia convocado coletiva de imprensa para explicar de que forma seria aplicado o sistema Sesi na rede municipal. O evento foi marcado pela Secretaria de Comunicação às 16h, sendo que o texto apenas foi avalizado pelos vereadores às 19h30.

A atividade, que contaria com o secretário de Educação, Marcos Michels (PV), foi cancelada quase meia hora depois do anúncio oficial da explanação aos jornalistas.