A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB-Mauá) acusou o governo do Estado de impedir a formação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da AES Eletropaulo. Foram dez convocações dos integrantes para eleição do presidente e relator, mas os parlamentares nunca apareceram para os encontros.

“É uma atitude covarde tomada para não instalar a CPI. Estou há um mês tentando e recebi informações que o governo tem dado orientação aos deputados da base de sustentação para não comparecer nas reuniões”, disparou a parlamentar, autora da proposta.

A peemedebista explicou que dez colegas foram convocados para compor a comissão, sendo que oito são governistas e dois do PT. Além de Vanessa, a região será representada no grupo por Regina Gonçalves (PV-Diadema) e Orlando Morando (PSDB-São Bernardo). Hoje haverá três novas convocações a partir das 14h.

A CPI foi publicada no Diário Oficial do Estado em 12 de setembro e o prazo de 120 dias para entrega do relatório conclusivo dos trabalhos corre desde então. “Eles querem que a CPI seja extinta antes mesmo de ela começar a fazer seu trabalho”, destacou.

A comissão foi aberta para investigar o serviço prestado pela AES Eletropaulo, apurar ser as indenizações da concessionária aos usuários que tiveram prejuízos após os apagões foram pagas, além de fazer pente-fino nos contratos firmados pela empresa nos últimos anos.

Para Vanessa, a administração estadual só vai autorizar a abertura dos trabalhos após sua licença-maternidade, que deve ser tirada na próxima semana. A deputada está grávida de oito meses. “Tem sido lamentável eles retardarem o processo para eu sair de licença. Eles sabem que a CPI não será chapa branca comigo na presidência e que vamos investigar todos os contratos. Queremos fazer um trabalho amplo.”