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Obras de contenção em Mauá terão atraso de um ano

Prevenção contra enchentes e deslizamentos na Vila Magini custará R$ 21 milhões

Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
04/10/2013 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Iniciadas em julho de 2012, as obras de prevenção contra enchentes e deslizamentos na Vila Magini, em Mauá, ficarão prontas apenas no fim de 2014 – um ano após o prazo prometido pelo então prefeito Oswaldo Dias (PT). Foram investidos R$ 21 milhões no projeto, com verba enviada pelo governo federal, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A Prefeitura atribui o atraso às chuvas e ao rompimento de duas adutoras.

O empreendimento é dividido em três frentes: contenção de margens do Rio Tamanduateí, estabilização de encostas e construção de via marginal paralela à Avenida Antônia Rosa Fioravanti. São quase dois quilômetros lineares de obra, entre a antiga sede da GCM (Guarda Civil Municipal), na Avenida Washington Luís, até o Viaduto Juscelino Kubitschek.

A administração municipal admite que apenas 60% dos trabalhos já foram concluídos. Dos nove morros que receberão sistemas de contenção, somente três estão prontos. Um deles fica na entrada do Jardim Oratório, próximo à Avenida Jacu-Pêssego. Equipes da empresa Preserva Engenharia já fizeram o plantio de grama. A vegetação ajuda a proporcionar mais firmeza ao terreno.

A construção dos muros às margens do Tamanduateí foi paralisada em trecho de 300 metros em frente ao Mauá Plaza Shopping. “Está parado há três semanas, desde que começou a chover. O problema é que largaram tudo quebrado, com entulho e risco de acidentes para quem passa na rua”, reclama a dona de casa Eleonice Glória Gonçalves, 46 anos.

Diversos montes de materiais retirados do fundo do curso d’água foram colocados sobre o leito do rio. “O mau cheiro é insuportável, além da presença de ratos e baratas”, acrescenta a moradora do Jardim Rosina.

Já a avenida marginal sequer começou a ser construída. Parte do terreno que dará lugar à via já passou por serviço de terraplanagem, mas ainda não há qualquer sinal de asfalto. O corredor, com dois quilômetros de extensão, terá duas faixas de rolamento. Segundo a Prefeitura, a nova opção irá aliviar os congestionamentos na região central. Com a nova avenida, o motorista que vem pela Washington Luís poderá ir direto para o Complexo Jacu-Pêssego, sem necessidade de acessar a Antônia Rosa Fioravanti.

A construção da passagem, no entanto, esbarra em outro obstáculo. A Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), empresa responsável pelo fornecimento de água na cidade, precisa deslocar duas adutoras. A administração municipal diz já ter comunicado a companhia sobre a necessidade do procedimento. 




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