Há uma semana, Paulo Autuori prometia evolução no São Paulo assim que tivesse tempo para preparar a equipe. Ele finalmente teve um período sem jogos para implementar o seu trabalho. Por isso é grande a expectativa para saber como o time vai se comportar diante do Fluminense, neste domingo, às 16 horas, no estádio do Morumbi, pela 16.ª rodada do Campeonato Brasileiro: se conseguirá enfim se impor e interromper a série de 11 jogos sem vitória na competição ou se a expectativa fará água e os jogadores repetirão os erros que derrubaram a equipe para a zona de rebaixamento.
Vencer é a única alternativa para o São Paulo não se afundar ainda mais nas últimas posições, mas existe no elenco o otimismo de que neste domingo a pior sequência da história do clube chegará ao fim. E não será por falta de apoio da torcida que os jogadores poderão justificar um eventual tropeço. São esperados mais de 40 mil são-paulinos no Morumbi graças à promoção que derrubou os ingressos de arquibancada a R$ 10. "A gente precisa tirar o São Paulo de uma zona que não é do clube. Vamos jogar por nós mesmos e pela entidade, pois todos conhecem a grandeza do clube", disse Luis Fabiano.
O principal desafio é manter o time rendendo bem quando encaixa seu jogo. A leitura do treinador é que o time tricolor consegue se impor em alguns momentos, mas oscila demais e acaba cedendo espaço para o adversário como aconteceu, por exemplo, no empate com o Atlético Paranaense no Morumbi. O São Paulo iniciou o jogo pressionando o adversário e saiu na frente; de repente passou a se encolher, sofreu o empate e se perdeu.
"O torcedor já viu algo diferente em alguns jogos, mas foi um soluço. Espero mantermos por mais tempo a organização e a competitividade. Se conseguirmos isso a nossa chance de vencer é maior e pode ser menos difícil do que parece", analisou Autuori.
Até por isso a chamada "semana cheia" foi exaustiva na repetição de exercícios de ataque e defesa, com foco na marcação pressão no campo do adversário, um dos pontos mais deficientes do time na temporada. Autuori quer uma equipe mais presente no campo rival e cobrou bastante os jogadores. "Fiquei satisfeito com o treino todo, conseguimos fazer uma marcação mais adiantada".
Os dias livres também serviram para o que pode ser uma mudança de pensamento do próprio treinador. Adepto do 4-4-2, Autuori sempre disse que não abriria mão do esquema, mas dá sinais de ter revisto a posição e deve armar o São Paulo no 4-2-3-1, justamente a formação preferida por Ney Franco.
Pelo que ensaiou, o time terá Paulo Henrique Ganso centralizado, Jadson pelo lado direito e o garoto Lucas Evangelista pela esquerda. A novidade fica por conta de Luis Fabiano, que volta ao time após duas partidas fora por causa de uma lombalgia. Ele assume a vaga deixada por Aloísio. Osvaldo é outro que vai para o banco após ir novamente muito mal contra o Flamengo.
A defesa será mantida, mesmo após a contratação de Antonio Carlos e a recuperação de Paulo Miranda. Rodrigo Caio cavou seu lugar na equipe e será titular mais uma vez ao lado de Rafael Toloi na zaga.
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