Em relação ao desastre do Paraguai foi possível constatar que se houve progresso, não houve convencimento
A seleção fez um bom primeiro tempo contra a Argentina. E caiu de produção na etapa final. Em relação ao desastre do Paraguai foi possível constatar que se houve progresso, não houve convencimento.
Está claro que os dois laterais precisam ser trocados. Juan não vive um bom momento. Gilberto Silva está mal. Mineiro e Josué não atravessam aquela fase espetacular dos tempos de São Paulo. Nossos meias, principalmente Diego e Anderson, não estão bem. Quem sofre com isso é o ataque. A bola não chega e os gols rarearam. Além do que, se viu pouca inspiração em Robinho, Adriano e Luís Fabiano.
O que está mais do que evidente é que Kaká e Ronaldinho Gaúcho fazem muita falta. O que temos de fazer é torcer para eles voltarem em condições ideais, com inspiração e transpiração. Não podemos esquecer que Ronaldinho antes da última contusão viveu no purgatório esportivo. Disseram que foi pelo excesso de noites mal dormidas e irresponsabilidade profissional.
OS PECADOS DE DUNGA
A impressão que fica é que o técnico está fechado com alguns jogadores, principalmente aqueles que venceram com ele a Copa América. Isso não é novidade! Outros treinadores já fizeram o mesmo e os resultados foram diferentes.
Com Felipão em 2002 a seleção ganhou a Copa. Com Zagallo em 98 e Parreira em 2006 não conseguiu chegar lá.
O maior problema de Dunga é que ele tem de observar jogadores olímpicos e cumprir a tabela das eliminatórias.
Para tranqüilidade do treinador, se ele continuar no cargo, os próximos jogos contra equipes sul-americanas serão apenas em setembro. Por isso, agora é dedicar toda atenção na Olimpíada de Pequim.
FALTA DE CÉREBRO
Um torcedor do Corinthians invadiu o campo durante o jogo contra o Botafogo pela Copa do Brasil. O clube foi punido com a perda do mando de dois jogos e ainda terá de pagar uma multa de R$ 10 mil.
Até quando teremos de suportar essas figuras que querem aparecer e com seus gestos prejudicam o clube e a coletividade como um todo?
Penso diferente de algumas pessoas que acham que atitudes extremas resolveriam o problema. Sou contra agressões, surras e o melhor mesmo é educar essa gente. Aliás, o que o Brasil precisa é de educação em todos os setores.
Márcio Bernardes é âncora da rede Transamérica de Rádio e professor universitário. www.marciobernardes.com.br
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