Márcio Bernardes Titulo
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O Comitê Olímpico Brasileiro fez uma bela festa no Rio de Janeiro para homenagear os atletas do ano

Especial para o Diário
19/12/2008 | 00:00
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O Comitê Olímpico Brasileiro fez uma bela festa no Rio de Janeiro para homenagear os atletas do ano. Todos muito elegantes. Aliás, obrigatoriamente elegantes, pois a determinação do traje era paletó e gravata. Repórteres, inclusive.

Presença de gente importante, inclusive do Ministro do Esporte, Orlando Silva, já conhecido como tradicional arroz-de-festa.

Os holofotes centraram César Cielo e Maurren Maggi. Em ano de Olimpíada nada melhor do que focar medalhistas de ouro.

Carlos Arthur Nuzman pegou emprestadas as asas do pavão e comandou a festa. E o Sportv, braço esportivo da Globo, cumpriu o seu papel: elogios, badalações, nenhuma crítica... E a vida vai levando.

Por trás de tudo isso um País sem nenhuma política esportiva, com vocação para os esportes, mas sem rumo e estrutura. Ao longo dos anos é sempre a mesma coisa. Ganhamos algumas medalhas em mundiais e olimpíadas, vivemos um vergonhoso ufanismo que enche os bolsos de cartolas, políticos, patrocinadores e emissoras.

Imaginem como deve ser uma festa semelhante na China, Estados Unidos, Inglaterra ou Austrália. Dezenas, para não dizer centenas de atletas sendo homenageados, várias revelações exibidas, com a certeza de que nas próximas competições vão continuar subindo no pódio.

O Brasil tem uma grande população, tem clima, tem vocação e se fosse feito um trabalho decente na base, depois de alguns anos estaria tranqüilamente entre os primeiros do mundo.

Se o dinheiro gasto nas obras para o Pan tivesse sido investido no ser humano, com a maior certeza estaríamos trilhando um caminho mais coerente e saudável. O pior de tudo é que os ginásios, estádios e outras obras no Rio de Janeiro viraram elefantes brancos.

COERÊNCIA
Santistas escrevem para elogiar a diretoria que manteve o técnico Márcio Fernandes no comando da equipe principal. Nos bastidores já se sabe que tentaram outros nomes, inclusive Vanderlei Luxemburgo. Como não conseguiram nada, resolveram decidir pela permanência de Fernandes. E acertaram em cheio.

Os mesmos dirigentes que neste ano erraram nas contratações de técnicos e jogadores, quase levaram o Santos para a Série B. E agora, por falta de opções, acabaram reconhecendo o trabalho de quem salvou o time da maior vergonha de sua história.




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