Márcio Bernardes Titulo
Adversário não me mete medo

Independentemente da formação do time brasileiro, com Josué ou Gilberto Silva no meio-campo, não se entende tanto temor provocado pelo...

Especial para o Diário
21/06/2010 | 00:00
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Independentemente da formação do time brasileiro, com Josué ou Gilberto Silva no meio-campo, não se entende tanto temor provocado pelo time da Costa do Marfim.

É verdade que três ou quatro jogadores marfinenses fazem muito sucesso na Europa. Drogba, Kanu, Eboê e Yayá Tourê são muito badalados pelo que mostram em suas equipes.

Pouca coisa conquistou nosso adversário de hoje nos diversos torneios que participou nos últimos anos. E a crise da federação local, além da fraca exibição na fase de classificação, provocou a queda do técnico anterior no início de 2010.

Sven-Goran Ericksson teve pouco tempo para montar um time competitivo. E já se sabe que no coletivo, os craques que dão show de bola nos seus times, não conseguem repetir boas atuações pela seleção.

Por isso, não há o que se temer da Costa do Marfim. Talvez o maior problema seja a própria Seleção Brasileira, que não passa a confiança que se esperava dela.

Dunga arma o seu esquema torcendo para que o adversário ataque o seu time. O contra-ataque então é armado e com o arranque de Kaká surpreende-se o outro time. Mas Kaká continua baleado e não está jogando nesta Copa no seu melhor condicionamento físico.

Não espero outro resultado no Soccer City. Qualquer outro que não a vitória brasileira será grande surpresa.

Bastidores

É possível que a França termine sua participação na África carregada de críticas. O time é fraco. E a briga interna já chegou a público. Reymond Domenech será demitido sumariamente e pode se transformar no Lazzaroni de 2010.

- Houve discussão áspera entre o goleiro Green, que falhou na partida contra os Estados Unidos e o técnico Fabio Capello. Eles quase chegaram às vias de fato e tiveram de ser separados por testemunhas que presenciaram as queixas do goleiro, que se diz jogado na fogueira pelo treinador.

- Provoquei Parreira sobre as possíveis declarações de Joel Santana no Rio. O técnico do Botafogo teria dito que ele demorou a fazer as substituições contra o Uruguai. O treinador da África do Sul deu de ombros e fez ironias impublicáveis.

- A Fifa está de olho em uma possível marmelada no jogo entre México e Uruguai, dia 22, em Rustemburgo. Um simples empate coloca os dois times na próxima fase, mas um deles deverá pegar a Argentina.

- O jogador mais badalado do Uruguai é Diego Forlán, mas quem manda no time é Diego Lugano. O ex-zagueiro do São Paulo me contou que vai voltar ao Morumbi. E Forlán confessou que seu pai insiste que ele, antes de terminar a carreira, tem de jogar pelo menos uma temporada no Tricolor.

Toque Final

Cruzei com Nicolaz Leóz semana passada aqui em Joanesburgo. Falamos rapidamente, mas o suficiente para perceber que os cartolas estão incomodados com os fracos jogos desta Copa do Mundo e com os resultados com placares sem gols.

Já se falou e não poderia ser de outra forma que 32 equipes em um torneio de tiro curto acabam provocando baixa qualidade nos espetáculos. Mas, por causa dos compromissos políticos, incharam a Copa do Mundo.

O próprio presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) não admitirá reduzir o número de equipes sul-americanas com possibilidades de chegarem aos Mundiais.

A mesma coisa acontece com Michel Platini, presidente da Uefa (União Européia de Futebol).

Concluímos então que, apesar de envergonhados com o nível técnico do Mundial, os cartolas estão pensando nos seus interesses pessoais e políticos. E o resto que se exploda.




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