Márcio Bernardes Titulo
Vem emoção pela frente

A última rodada da primeira fase do Mundial traz muitas emoções. Alguns grupos serão decididos apenas no saldo de gols

Por Especial para o Diário
23/06/2010 | 00:00
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A última rodada da primeira fase do Mundial traz muitas emoções. Alguns grupos serão decididos apenas no saldo de gols.
O equilíbrio constatado entre algumas equipes difere da previsão inicial, que foi totalmente desmentida em campo.
Casos como França, desclassificada prematuramente, Inglaterra e Itália, que não estão jogando bem, são surpreendentes. Afinal, são países campeões do mundo e com tradição no futebol.
Em contrapartida, equipes menos prestigiadas e sem tanta fama no futebol internacional estão jogando bem, convencendo e conseguindo resultados positivos.
Está provado que numa Copa nem sempre vence o melhor. Casos como a Hungria de 1954, Holanda de 1974 e Brasil de 1982, estão comprovando essa tese. O pior é que alguns times que triunfam nem sempre empolgam e confirmam categoria.
Surpresas, positivas e negativas, sempre acontecem. Desta vez o que se percebe com mais clareza é a incompetência de algumas seleções europeias e o oposto com as equipes sul-americanas.

Bastidores

Aumentou a preocupação da segurança no IBC e estádios. Estão fiscalizando com mais rigor e chegando a adotar medidas desnecessárias. A Fifa reuniu-se com o Comitê Organizador pedindo mais rigor nesse item e estão levando as medidas aos extremos.
- O quartel general da Fifa em Joanesburgo é o Hotel Legacy. Localizado no sofisticado bairro de Sandton, fica junto ao principal shopping da cidade. E ao lado da estátua de Nelson Mandela, que tem 6 m de altura. O hotel é um dos mais luxuosos do mundo e a região é linda.
- Chegaram a apostar em algum deslize na folga dos jogadores brasileiros na segunda-feira. Repórteres se revezaram e bisbilhotaram o passeio de alguns grupos. Nada de mais aconteceu. Tudo certinho e comportado. Como não houve problema a pauta caiu, ou pelo menos não deu manchete.

Toque final

Há quem diga que alguns jogadores não concordam com o comportamento do técnico Dunga. A radicalização com a imprensa tem provocado discordâncias. Mas ninguém quer tomar partido.
Longe de qualquer possibilidade de boicote ou corpo mole. Porque os atletas também têm seus interesses e eles estão acima de qualquer coisa.
Há também uma versão de que o grupo de jogadores brasileiros foi consultado e a diretoria da CBF endossou os critérios adotados para entrevistas coletivas. Sem privilégios e exclusividades.
Na seleção francesa ficou claro que Raymond Domenech e vários jogadores não falam a mesma língua. O caso de Anelka é mais do que esclarecedor. O atacante chegou às vias de fato e xingou publicamente o treinador.
Também na seleção inglesa Fabio Capello não está sendo digerido por muitos jogadores. O caso envolvendo o goleiro Green, que falhou no gol dos Estados Unidos, mostra que isso pode acontecer com qualquer outro.
Um jornalista inglês me contou que um jogador lhe disse abertamente que todos estão receosos em perder um pênalti, falhar num lance de ataque do adversário e outras coisas prejudiciais ao time.
Capello sempre teve um temperamento forte e até recebeu elogios da imprensa inglesa antes da Copa do Mundo. Como os resultados dos dois primeiros jogos não foram o que se esperava, tudo mudou, da água para o vinho.
É aquilo que se diz sempre: uma vitória encobre qualquer coisa, até as mais sujas.




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