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Você é livre para escolher

Democracia é o regime que, entre outras vantagens, nos permite escolher quem serão nossos governantes. Se você não quiser Marina, Serra ou...

Carlos Brickmann
21/06/2010 | 00:00
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Democracia é o regime que, entre outras vantagens, nos permite escolher quem serão nossos governantes. Se você não quiser Marina, Serra ou Dilma, pode optar por Levy Fidelix, aquele do Aerotrem, ou Mário de Oliveira, o Obama brasileiro, ou Plínio de Arruda Sampaio, que começou democrata-cristão, virou petista e hoje é Psol desde criancinha (mas que nem Heloísa Helena aceita).

Para governador de São Paulo, as opções são ainda maiores. Os candidatos principais são Geraldo Alckmin, que foi derrotado por seu próprio partido nas últimas eleições, e Aloizio Mercadante, aquele que renunciou irrevogavelmente à liderança e revogou a decisão irrevogável assim que Lula mandou revogá-la.

Há muita variedade de escolha: Celso Russomanno, um Maluf que ainda não deu certo, ou Paulo Skaf, o socialista que dirige a Federação das Indústrias (e cujo vice pode ser Marcelinho Carioca, que foi um excelente jogador de futebol e que acaba de ser eliminado na Dança dos Famosos). Skaf vem com Duda Mendonça no comando de sua estratégia. Nos anúncios, começa contando seu nome: "Paulo Skaf, mas pode me chamar de Skaf". Embora faça parte de uma campanha eleitoral, onde essas coisas não são comuns, é um anúncio verdadeiramente verdadeiro: tirando os parentes mais próximos, todos o chamam de Skaf.

Enfim, o que não falta são opções para exercer seu direito democrático de escolha dos governantes. Até Ciro Gomes andou na lista. Mas percebeu que seus aliados petistas o queriam não para ser eleito, mas só para ser queimado.

DO OUTRO LADO

Um dos mais vitoriosos marqueteiros do País faz a própria campanha: Chico Santa Rita (que trabalhou na eleição de Quércia e Fleury, e que comandou a campanha pelo presidencialismo) está confirmado para deputado federal, pelo PV paulista. Está na chapa de Fábio Feldmann, uma exceção entre os candidatos ao governo paulista: tem bom passado, muito conteúdo, mas poucos votos.

CHANCE PERDIDA

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, quer indicar o vice de Serra. Pensa no baiano Benito Gama. Se não fosse o problema regional - o vice não deve ser do mesmo Estado do titular - Jefferson poderia apostar num dos melhores quadros do País: o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior. Auricchio, eleito e reeleito no primeiro turno, tem 88% de aprovação. Mais até do que Lula.

PHOTO-OP

Não se preocupe em analisar as conversas da candidata Dilma Rousseff com políticos europeus: o objetivo da viagem não era esse. O objetivo exclusivo era conseguir photo-opportunities, encontros em que fosse fotografada com gente importante, para mostrar ao eleitorado brasileiro que é conhecida no Exterior.

CHÁVEZ CONTOU TUDO

Está na entrevista do presidente da Venezuela ao jornal britânico Financial Times: segundo diz, a influência norte-americana na América do Sul se reduziu nos últimos dez anos, e vários países penderam para a esquerda, seguindo a liderança venezuelana. Citou Equador, Paraguai, Argentina, Bolívia e Brasil. Isso é para tapar a boca de quem diz que Chávez nunca tem razão.

LG, LA GARANTÍA SOY YO

Já há dois blogs reunindo centenas de consumidores prejudicados pela LG: http://advalexandrers.wordpress.com/denuncias/tv-lcd-lg-defeito-cronico/ e www.reclameaqui.com.br/346038/lg-electronics/tv-lg-32-time-machine-nao-liga/

Os televisores LG Time Machine LCD de 32 e 42 polegadas têm um problema recorrente que a empresa se nega a corrigir. Depois de pouco tempo de uso, a TV não liga mais. As oficinas autorizadas já sabem do que se trata e nem abrem o aparelho para diagnóstico: se o LED alterna de vermelho para verde e a TV não funciona, recomendam a troca da placa de energia, que custa entre R$ 600 e R$ 750. Recall, para resolver o problema de vez? A LG nem pensa nisso, em gastar dinheiro para manter a imagem da marca. Os consumidores que se lixem.

CAPISCO?

Edevam Marcomini, arguto leitor desta coluna, está surpreso com a informação de que a mulher do presidente Lula, Mariza Letícia Lula da Silva, obteve cidadania italiana. "Pois é, estou tentando desde 16 de julho de 2003 e até agora, nada. Nem a minha nem a de dois filhos".

Caro sr. Marcomini: o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi virá ao Brasil no dia 29, com um grupo de empresários. Fica só um dia, só em São Paulo. Não é com o sr. nem com a imensa fila de pessoas que aguardam a aprovação do pedido de dupla cidadania, que ele vai conversar, nem a quem ele tentará vender produtos italianos. Nem a ela, claro. Mas ter bons contatos é essencial!




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