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Finalmente chegamos ao GP de Mônaco; cheiro de boa corrida...

Mônaco. Na minha modestíssima opinião, um dos circuitos mais fantásticos da temporada

Marcelo Monegato
22/05/2013 | 00:00
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Mônaco. Na minha modestíssima opinião, um dos circuitos mais fantásticos da temporada. Depois dos gigantescos, modernos e iguais GPs da Malásia, China e Bahrein, e do já manjado autódromo de Montmeló, em Barcelona (Espanha) - palco da última etapa e sede dos testes de pré-temporada da categoria -, a Fórmula 1 finalmente chega no Principado.

Gosto das ruas estreitas de Mônaco é extremamente desafiador. Errou? É guard-rail na certa. Passou um pouco do ponto de frenagem? Muro, parceiro! Área de escape é coisa rara. E para ser rápido, tem que ir no limite.

Monte Carlo também recupera algo que a F-1 perdeu nos últimos anos: a importância de ser pole position. Largar na frente do pelotão e fazer a primeira curva - Sainte Devote - antes de todos é se credenciar, em poucos metros, a, no mínimo, um pódio. Passa a correr o sério risco, aliás, de vencer.

Em Mônaco, acredito que a asa móvel - uma das maiores besteiras que já vi (quem acompanha esta coluna sabe o quanto odeio tal recurso covarde) - terá pouca relevância. As retas são curtas, e se o piloto da frente estiver disposto a não deixar passar, o de trás terá que fazer mágica.

Com carros equilibrados, Red Bull, Ferrari e Lotus são favoritas. No entanto, Mercedes, com um carro veloz de classificação, e mesmo a McLaren, que faz um péssimo início de temporada, podem surpreender não apenas na classificação, mas principalmente na corrida.

Tenho observado com atenção a Toro Rosso. A equipe satélite da Red Bull tem apresentado bons resultados. No Principado, não ficarei surpreso se andar na frente. Force India é uma incógnita. Se Paul di Resta estiver encapetado, pode incomodar lá na frente - e não seria nada mal para a prova...

Entre os pilotos, confesso que fico receoso em apontar um favorito. Mas como estou aqui para arriscar, e não ficar em cima do muro, vou de Kimi Raikkonen. Fernando Alonso é - na minha opinião - o melhor piloto da atualidade e Sebastian Vettel é puro talento - pode tirar um coelho da cartola a qualquer momento, além de ter um carro bom nas mãos. Mas o Homem de Gelo, caso faça uma boa classificação, tem tudo para ir bem. A Lotus mostra extremo equilíbrio e, definitivamente, consome menos pneus que a concorrência. E a vitória do finlandês tumultua o campeonato.

GRATA NOTÍCIA

Recebi com bons olhos a notícia de que a Honda está voltado para a F-1, reeditando, a partir de 2015, parceria vitoriosa com a McLaren. Não por lembrar de Ayrton Senna - com esta dupla o brasileiro foi tricampeão mundial -, mas por entender que a categoria precisa cada vez mais da presença das grandes montadoras. Não precisa ser com uma equipe inteira, como a Mercedes. Mas ofertando apenas propulsores já está de bom tamanho.

Lotus quer manter Kimi

De boba a Lotus não tem nada. Ontem, o proprietário da equipe inglesa de Fórmula 1, Gerard Lopez, afirmou que já trabalha para manter Kimi Raikkonen em 2014 - contrato do finlandês termina este ano. Para isso, aposta em uma fórmula manjada: carro competitivo e salário astronômico. O contra-cheque parece que está certo. Já o carro...

Hulkenberg na Ferrari?

Nem mesmo o possível cockpit vago de Mark Webber na Red Bull ao final de 2013 é tão cobiçado quanto o de Felipe Massa na Ferrari. O mais novo candidato a substituir o brasileiro em Maranello é o alemão Nico Hulkenberg, da Sauber. Em entrevista ao ‘El Confidencial', desconversou quando questionado sobre o interesse da Ferrari. É um bom piloto.

BMW diz "não" à F1

O anúncio do retorno da Honda à Fórmula 1 a partir de 2015 encheu o todo-poderoso da categoria, Bernie Ecclestone, de esperança sobre a entrada de novas fabricantes. A BMW, que no passado recente teve equipe própria, já mandou um "não" para o baixinho marrento. Admito que gostaria de mais montadoras no circo.

Longe de ser soberano, Vettel reclama dos pneus

Piloto de Fórmula 1 é complicado. Quando anda bem, é rápido e competitivo, não pensa duas vezes em dizer que a boa fase se deve aos pneus ou ao carro muito superior à concorrência e que ele é apenas um detalhe. Agora, se o momento é ruim e a superioridade de outrora some, o culpado é sempre alguém que não ele mesmo.

Sebastian Vettel, atual líder do campeonato e tricampeão mundial, também é assim. Longe da soberania do ano passado, por exemplo, começou a atirar para todos os lados. O alvo da vez, a Pirelli. Para ele, a fornecedora italiana de pneus precisa mudar a fórmula dos compostos.

Massa: vitória fundamental

Felipe Massa sabe que seu futuro na Ferrari depende de uma vitória. Bons resultados e pódios não bastam. Consciente disso, quer a vitória domingo, em Mônaco. "Nosso objetivo deve ser terminar no pódio em todas as corridas, e, com certeza, o que realmente quero é conseguir uma vitória o quanto antes."




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