Política Titulo Disputa interna
Donisete Braga
não descarta
irmão para o PED

Zezinho Braga é citado pelo prefeito, mas grupos aliados não acreditam na escolha para o comando do PT

Por Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
01/07/2013 | 07:04
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Arquivo/DGABC


O prefeito de Mauá, Donisete Braga, não descarta a escolha do irmão, Zezinho Braga, para comandar o PT local por meio do PED (Processo de Eleição Direta), agendado para 10 de novembro. Apesar disso, grupos próximos do gestor municipal não acreditam nessa opção. Segundo informações do Paço, o aspecto de indicar um parente do petista foi discutido internamente, porém rejeitado em seguida.

Para petistas ligados a Donisete, o PT de Mauá não pode repetir a fórmula apontada pelo ex-prefeito Oswaldo Dias, que designou o filho Leandro Dias para a presidência do partido em 2009. A avaliação interna é que o atual mandatário teve um desempenho abaixo do esperado e, pelo grau de parentesco, não conseguia transparecer a independência entre o partido e o governo municipal.

Donisete, por sua vez, prefere não rechaçar o irmão, embora ele não seja favorito para representá-lo no PED. Segundo o prefeito, Zezinho tem condições de exercer o cargo. “Meu irmão me acompanha há muitos anos, é filiado do PT e todo filiado do PT tem condição de ser presidente do partido. Hoje, temos vários quadros para assumir o partido. Não descarto e nem afirmo que ele vai ser. Estamos amadurecendo isso (processo)”, discorre.

EXEMPLO PRÓXIMO
Em São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho aposta na fórmula familiar desempenhada por Oswaldo há quatro anos, em Mauá. O petista articula o irmão Braz Marinho para o PED. No entanto, o postulante não tem consenso interno, perante outras quatro candidaturas para a direção da legenda. Há avaliação interna que ele representará domínio do Paço sobre a sigla e não tem articulação política para lidar com momentos de crise no petismo.

CRÍTICA À RESOLUÇÃO
O prefeito se mostrou contrário à resolução do PED 2013, a qual proíbe que componentes da executiva municipal, como o presidente, tenha cargos na Prefeitura. Para o petista, a norma exclui nomes com potencial de dirigir o partido. “Mais grave que o parentesco é proibir o secretário de dirigir o partido. Acho isso um erro. Mas estamos procurando nomes para aglutinar forças (da legenda)”, considera.

A avaliação do prefeito ocorre justamente pelo fato de seu secretário de Relações Institucionais, Rômulo Fernandes, ser o mais aceitado pelos grupos majoritários do petismo para o posto. Outro nome sem grandes divergências no partido seria o do responsável pela Pasta de Governo, Edílson de Paula.
 




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