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Indústria norteia ritmo das contratações do 1º semestre

Cargos ligados à manutenção e produção foram
os que tiveram mais procura

Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
01/07/2013 | 07:09
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Profissionais ligados à indústria tiveram boas oportunidades no mercado de trabalho durante este primeiro semestre. A linha de produção e a eficiência operacional na indústria ditaram o ritmo das contratações no período. É o que aponta levantamento realizado pela Page Personnel, empresa de recrutamento especializado em profissionais técnicos e de suporte à gestão.

De acordo com a consultoria, os cargos mais procurados pelas empresas nos seis primeiros meses foram: engenheiro de utilidades (profissional que busca medidas para reaproveitar energia, gerando economia à empresa), comprador (aquele que negocia a compra de insumos utilizados pela companhia), líder de produção (gestor do setor) e supervisor de manutenção (que faz o reparo preventivo em equipamentos, por exemplo).

A maior demanda foi por engenheiros de utilidades, com crescimento de 20% (veja quadro ao lado). O salário médio desses funcionários é de R$ 8.000. “Isso mostra que o setor industrial retomou sua força na base da economia brasileira”, afirma Luis Fernando Martins, gerente executivo da Page Personnel.

Segundo ele, com o crescimento da necessidade por esses profissionais, daqui a um tempo será a vez daqueles que atuam na área de vendas, marketing e finanças. “O aumento do ritmo da indústria fomenta outros setores. Afinal de contas, é preciso escoar esses itens que foram produzidos por meio de vendas estratégicas – o que movimenta também o setor financeiro –, para equalizar a balança”, diz Martins.

OUTRO LADO - Na contramão, a busca por funcionários nos setores de siderurgia e mineração caiu. A queda na demanda por minérios mexeu com o mercado. De acordo com a pesquisa, a oferta de vagas por engenheiros e compradores nessas áreas reduziu entre 10% e 20% no período avaliado – foram os cargos que apresentaram as menores procuras.

“Esses dois segmentos sentiram os impactos da fraca demanda internacional. Eles tiveram de congelar alguns investimentos e as contratações acabaram entrando nesse pacote. Foram os setores que mais colocaram o pé no freio nas contratações neste semestre”, explica o executivo. “Às vezes fica difícil competir no mercado internacional, com países como Índia e China, que fornecem os minérios com preço muito menor. O câmbio do início do ano também não favoreceu o País nesse segmento.”

FUTURO - Mesmo que algumas profissões ligadas ao campo fabril estejam em ascensão, não são garantias de um futuro promissor.

O especialista da Page Personnel explica que, na hora de escolher a profissão, é preciso avaliar para o que se tem aptidão. “Hoje o mercado de trabalho abre portas para esses profissionais, mas amanhã, de acordo com o cenário político e econômico, tudo pode mudar. O importante é investir no segundo idioma, nas experiências dos estágios, ter inteligência emocional e ser pró-ativo, principalmente. Esses ingredientes garantem o sucesso das pessoas.”
 




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