Economia Titulo Negociação
Sindicato aguarda
propostas de PLR
e não descarta greve

Empresas de Sto.André e Mauá se reúnem com entidade amanhã para tentar fechar acordo

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
18/06/2013 | 07:04
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Marina Brandão/DGABC


Trabalhadores das empresas Tupy, de Mauá, e da Paranapanema (antiga Eluma) de Santo André, esperam decidir nesta semana os rumos das negociações da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) deste ano. Amanhã, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá têm reuniões agendadas com as duas companhias. Caso as propostas feitas não sejam aprovadas pela categoria, mobilizações serão realizadas. “Mesmo assim, estamos otimistas”, garante o secretário-geral da entidade, Sivaldo Silva Pereira, o Espirro.

Segundo ele, que comanda as negociações na empresa de fundição Tupy, que emprega 1.300 pessoas, a PLR ainda não foi aceita devido às metas que foram estabelecidas pela companhia. “Além da produtividade, a empresa exige nível de qualidade, segurança e absenteísmo. Acredito que se ajustarmos esses indicadores, o benefício será aprovado com maior rapidez.”

A metalúrgica ofereceu a primeira parcela no valor de R$ 2.500, a ser paga em julho. A segunda parte será calculada de acordo com o cumprimento de metas. “Para os trabalhadores que ganham até R$ 2.000, por exemplo, hoje, a PLR total ficaria em, aproximadamente, R$ 4.300, já somado o bônus pelo cumprimento do índice de absenteísmo”, indica Espirro. O valor do benefício para quem recebe acima de R$ 2.000 será proporcional à remuneração.

Amanhã também é a vez da autopeça Paranapanema sentar com o sindicato para negociar. A reunião está marcada para as 14h30. “Até o momento a companhia não se pronunciou. Vamos ver o que eles propõem”, conta o diretor financeiro e administrativo do sindicato, Adilson Torres Santos, conhecido como Sapão. A decisão será levada para votação dos funcionários entre quinta e sexta-feira.

A empresa, que possui cerca de 1.250 trabalhadores em duas unidades instaladas em Santo André, deverá discutir o mecanismo de distribuição da PLR e os valores. Enquanto que os funcionários reivindicam PLR de R$ 8.000, a firma oferece R$ 4.400 – no caso de quatro metas serem atingidas: produção vendida, o custo para a empresa, a qualidade da produção e o lucro da companhia antes dos tributos, juros, depreciações e amortizações.

As negociações nunca são fáceis para os dois lados. No ano passado, a discussão sobre o benefício chegou à Justiça. O valor, de R$ 5.100, foi decidido no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). 




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