Principal crítica da administração Donisete Braga (PT), a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) deu nota 2 para os cinco meses iniciais do petista no comando de Mauá. A peemedebista classificou como “generosa” nota dada pelo eleitor mauaense ao DGABC Pesquisas, de 4,7 para o adversário político. Ela também disse que não vê evolução da atual gestão em relação ao governo anterior, de Oswaldo Dias (PT).

Vanessa considerou que Donisete não conseguiu implantar novo modelo de gestão para Mauá nos 150 dias iniciais de governo. Ela atacou a falta de médicos, letargia do Paço com programas habitacionais, ruas esburacadas e alta tarifa dos ônibus municipais, que hoje custa R$ 3,30. “Se fosse para eu dar uma avaliação, daria nota 2. A população de Mauá foi bastante generosa em alguns quesitos. A gestão Donisete Braga é uma continuação do Oswaldo Dias e isso fica claro na pesquisa”, comentou.

Donisete foi procurado ontem pela segunda vez, mas não quis comentar o assunto.

RUSGAS DO PASSADO

Vanessa também não poupou o superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), Atila Jacomussi (PCdoB). A parlamentar mirou nos problemas de falta de água no município, remetendo ao episódio ocorrido em março, quando uma adutora rompeu, prejudicando cerca de 100 mil pessoas.

Para Vanessa, Atila usa a Sama por interesses pessoais e acusa Donisete de loteamento de cargos no Paço. O superintendente, ainda no PPS, foi terceiro mais votado na eleição municipal (13,35% dos votos válidos), apoiando o petista no segundo turno. “Ele fez proposta ao Donisete (para dirigir a Sama) da mesma forma que ele fez para mim (em troca de apoio). Recusei a oferta.”

Atila evitou polemizar com a peemedebista, dizendo que sua gestão na Sama é bem avaliada pelo munícipe. “A avaliação dela é individual. O que me preocupa é a avaliação do povo com meu trabalho”, rebateu.