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Modelo é sepultada em São Caetano

Jovem vivia na Capital e foi esfaqueada em casa pelo companheiro após discussão por ciúme

Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
07/07/2012 | 07:00
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Foi enterrada ontem no Cemitério das Lágrimas, em São Caetano, a modelo Babila Teixeira Marques, 24 anos, morta a facadas na madrugada de quinta-feira pelo companheiro, Bruno Ribeiro, 30, na casa onde morava no Jabaquara, na Zona Sul da Capital. Nascida e criada no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo, chegou a ser Miss Primavera da cidade quando tinha 14 anos.

"Minha filha tornou-se uma nova Eloá. Isso não é amor, é ódio", disse o pai dela, Alexandre Marcos, 52, em referência ao caso da jovem assassinada pelo namorado, Lindemberg Alves, em Santo André, após ser mantida em cárcere privado por quatro dias.

Ainda abalado, Marcos havia contratado um caminhão para buscar as coisas da filha e do neto de 1 ano e 9 meses na terça-feira. Ribeiro a convenceu a ficar. "Era algo que já esperava. Sempre foi um relacionamento difícil. Ele era desequilibrado." Ele nunca escondeu o relacionamento conflituoso com o genro.

O casal estava junto há quatro anos. Conheceram-se em uma casa noturna da Capital, onde ela morava desde os 18 por conta da carreira. Ribeiro mantinha o hábito de beber e as brigas eram constantes. Seu ciúme a impediu de fazer fotos para a profissão. Nos últimos meses, a separação esteve iminente. As ameaças também. "Um amigo disse que ele não escondia que mataria o bebê na frente dela se ela o largasse", disse Marcos.

Com o inédito título corintiano na Copa Libertadores, o casal, o bebê e o irmão adolescente de Ribeiro saíram para comemorar. O jovem de 16 anos é a única testemunha. Conta que chegaram por volta das 3h30, alcoolizados. O corpo de Babila só foi encontrado por volta das 12h de quinta-feira, quando o garoto acordou com os choros constantes do bebê e o telefone dela tocando sem parar.

Babila morreu na hora. Ribeiro tentou o suicídio e ainda segurava a faca. Está internado em estado grave no Hospital Municipal Arthur Saboya, na Capital, e teva a prisão temporária decretada.

Tudo leva a polícia a acreditar que houve outra discussão e, desta vez, ela teria resolvido cumprir a ameaça de voltar para a casa dos pais, que hoje vivem na Vila Marchi, em São Bernardo. "Há pessoas que na vida não toleram a decisão dos outros. Não existe respeito no dicionário delas. É um sentimento de posse. E paga o mais fraco", disse Marcos.

 

 




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