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Cruz Vermelha afirma que informação é vital em catástrofes
Da AFP
05/10/2005 | 13:17
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A Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho afirmou nesta quarta-feira que a informação é tão importante quanto a água, alimentos e os medicamentos para salvar vidas no caso de catástrofes. ”Devido à falta de informação, dezenas de milhares de vidas se perderam em 2004 em catástrofes como maremotos, furacões, inundações e outros fenômenos”, destaca a Federação em um relatório.

A Cruz Vermelha lembra que milhares de pessoas foram retiradas da República Dominicana antes da passagem da tempestade tropical Jeanne, que no ano passado, matou quatro pessoas naquele país, enquanto no Haiti, o fenômeno deixou mais de 2 mil mortos.

No caso da tsunami de 26 de dezembro de 2004, que matou mais de 225 mil pessoas, alguns conseguiram dar o alerta, como o filho de um pescador indiano em Cingapura que avisou sua família por telefone, após ter visto o fenômeno pela TV.Os especialistas da região podiam medir a intensidade do terremoto e acompanhar a evolução do maremoto no Oceano Índico, mas não tinham os meios para avisar as populações ameaçadas.

A Cruz Vermelha defende maiores investimentos em sistemas de alerta rápido e de mobilização dos meios de comunicação, para garantir que as populações recebam as informações a tempo.

Depois da catástrofe, a informação também pode reduzir o sofrimento das vítimas, como no Sri Lanka, onde as equipes da Cruz Vermelha explicaram as causas naturais da tsunami às populações,que acreditavam ser vítimas de um castigo divino.

A Cruz Vermelha espera combater a idéia de que 'toda a ajuda é útil' e dá como exemplo a roupa de inverno enviada às vítimas do tsunami. "Rapidamente, estradas, aeroportos e armazéns se viram abarrotados por grande quantidade de produtos inadequados", lembra o relatório, que prioriza a plena participação das vítimas na elaboração dos programas de auxílio e censo.

Segundo um relatório, 250 mil pessoas morreram em 2004 em 719 catástrofes, principalmente na tsunami (225 mil mortos), número claramente superior à média anual de 67 mil mortes registradas entre 1994 e 2003. Pelo menos 146 milhões de pessoas foram afetadas no ano passado por estas catástrofes, entre elas 110 milhões por inundações em Bangladesh, Índia e China.

Em 10 anos, entre 1995 e 2004, quase seis mil catástrofes naturais e humanas deixaram mais de 900 mil mortos (700 mil na Ásia), o que afetou pelo menos 2,5 bilhões de pessoas (2,3 bilhões na Ásia), provocando danos calculados em US$ 738 bilhões.




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