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Maninho tenta reverter jetom e aumento de férias

Após polêmicas, vereador de Diadema reavalia discussões

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
09/05/2013 | 07:15
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O presidente da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), afirmou que o aumento do período de férias dos parlamentares durante o recesso e a discussão para pagamento de jetom (bônus salarial por sessões extras) tendem a perder força, após reportagem do Diário sobre a possibilidade de benefícios que os parlamentares discutem para si mesmos.

O petista negou que o debate dos jetons esteja ocorrendo na Casa e por isso o tema não deve ser pauta na reunião de hoje, às 10h. "A reportagem (do Diário) caiu como uma bomba na cidade. Pelo que senti dos vereadores que conversei, até mesmo o aumento das férias não vai prosperar", discorreu.

Os vereadores discutem a possibilidade de estipular o recesso parlamentar em 75 dias - atualmente são 55 dias, prazo mais curto entre todos os Legislativos do Grande ABC. Maninho foi o autor do projeto de resolução que reduziu o tempo das férias, em 2005. "Não pode e não precisa mudar uma vírgula do que temos colocado hoje", defendeu o presidente.

Maninho declarou que não foi procurado pelo vereador José Zito da Silva, o Zezito (PR), apontando como responsável pela articulação dos jetons. O comandante da Câmara admitiu, porém, que foi sondado somente sobre as férias.

O vereador Orlando Vitoriano (PT) avaliou que a questão dos jetons deve ser comentada na reunião de hoje. "A imprensa pautou a discussão e por isso deve ser falado. Mas, não existe projeto pronto ou algum sinal de que vai entrar em votação uma medida desse tipo." Ele também alegou que desconhece a movimentação do republicano.

O parlamentar salientou que o Legislativo não possui condição financeira de arcar com o pagamento adicional por sessão extraordinária. "A Casa não consegue suprir essa demanda e a população acabará sendo prejudicada. Sempre ficamos horas a mais no plenário e isso não prejudica o vereador", avaliou Vitoriano.

Os jetons foram extintos pelos diademenses em 2001. No ano passado, a Casa não aumentou o salário de R$ 8.928,99 mensais para evitar problemas financeiros, tendo em vista que a Câmara trabalha no limite estipulado pela lei.

 

 




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