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Mulheres na trilha em Ribeirão Pires
Por Sueli Osório
Do Diário do Grande ABC
08/03/2006 | 16:07
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Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, foi realizada no sábado em Ribeirão Pires a 19ª edição do Raid do Batom. Participaram do evento 75 carros, 30 deles na categoria feminina – só com mulheres – e 45 na categoria mista – na qual deve haver pelo menos uma mulher desempenhando alguma função: de piloto, navegadora ou zequinha (é quem ajuda na navegação ou a desatolar o carro, se necessário). A competição é um rali de regularidade, na qual vence quem mantiver melhor constância na velocidade.

Antes da largada, houve um concurso para escolher o carro mais bem decorado, que teve em primeiro lugar Débora Soares, que enfeitou seu Mercedes-Benz Unimog com o tema "Bicho de Pelúcia". A autônoma Adriana Bruniera, 33 anos, de Ribeirão Pires, que foi a ganhadora dos últimos dois anos, nessa edição decorou um Troller com o tema "Depois da trilha, a mulher merece descanso", reproduzindo uma mulher em um ofurô sobre o capô do jipe. Durante a prova, ela atuou como navegadora no carro pilotado pelo namorado, Anderson Camasão, e os dois chegaram em segundo lugar na categoria mista, que foi vencida por Lufe Schueert e Flávia Rastacci. Na categoria feminina, venceram Sandra Regina de Andrade e Marjorie de Andrade Ricciati.

No rali também houve aventura em família. A piloto Juliana da Costa teve como zequinha a mãe dela, Maria Helena, 51 anos, uma artista plástica que decidiu compartilhar do hobby da filha. A navegadora é amiga de infância de Juliana, a advogada Heloísa Lima. A mãe conta que, quando Juliana saía para as trilhas, ela ficava preocupada em casa. "Fazia tempo que queria participar, mas nunca tinha lugar para mim. Dessa vez, a outra amiga dela não pôde vir, então aproveitei."

A competição também foi marcada por uma demonstração de garra. No meio do rali, caiu a roda dianteira do jipe da piloto Helena Deyama e da navegadora Andréa Portas, campeãs do Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country na categoria Superprodution. Andréa teve de correr atrás da roda e elas conseguiram colocá-la novamente usando parafusos retirados das outras rodas. Elas conseguiram retornar à trilha e concluir o raid, chegando em quinto lugar.

Helena, que também é designer gráfica, afirma que a natureza feminina é mais cautelosa e tira proveito disso nas competições. "É preciso saber poupar o equipamento, não bater. Não adianta só ir rápido. Temos que saber a hora de acelerar ou não, equilibrar a adrenalina e tomar as decisões certas."

Andréa é biomédica, mora em Santo André e começou a participar de competições há quatro anos, como navegadora no Raid do Batom. Há um ano e meio forma dupla com Helena e as duas também participam do Campeonato Brasileiro de Rally de Velocidade.




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