A permanência do prefeito de São Caetano na presidência do Consórcio foi cogitada nos bastidores políticos da região. Porém, o prefeito preferiu manter a tradição da entidade, que nunca foi presidida por mais de um ano por nenhum prefeito. A regra diplomática é uma maneira de dar oportunidade a todos os administradores.
O prefeito Ramon Velasquez (PT), de Rio Grande da Serra, que antecedeu Tortorello no Consórcio, acredita que todos os administradores da região têm condições de assumir a entidade. Porém, ele também defendeu a indicação de Filippi para a presidência da entidade. “Diadema nunca presidiu o Consórcio e o Filippi tem experiência parlamentar e bom relacionamento com o governo federal que podem ajudar a região e articular novos projetos”, afirmou.
Na eleição do ano passado, que definiu o nome de Tortorello, havia um acordo para que o prefeito de São Bernardo, Maurício Soares (PSDB), assumisse a presidência. “Como o Tortorello apresentou o nome dele, o Maurício retirou sua candidatura e houve consenso”, disse Ramon.
Tortorello disse que sua primeira experiência como presidente do Consórcio foi boa porque conseguiu ampliar o entendimento com o governo do Estado e dinamizar vários projetos que estavam em andamento. Segundo o prefeito, a entidade conseguiu a assinatura de 14 acordos entre a Câmara Regional e o governo. Entre os projetos que foram adiantados neste ano, Tortorello citou a proposta de segurança regional e o trecho sul do Rodoanel.
Ao analisar os resultados de seu trabalho, o prefeito disse ainda que foi em seu mandato também que conseguiu a nova sede para o Consórcio. “Tivemos várias conquistas, apesar de 2002 ter sido um ano conturbado por causa das eleições”, afirmou.
Segundo o assessor da presidência do Consórcio, Paulo Azevedo, uma das principais heranças que Tortorello deixará para seu sucessor será a modernização do estatuto da entidade. Azevedo acredita que o assunto, que já foi tratado pelos demais prefeitos, deverá ser finalizado ainda neste semestre. Entre as mudanças previstas está a maior participação da sociedade civil.
O prefeito José de Filippi Júnior se recusou a atender a reportagem para comentar o assunto.
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