Interação Titulo
Dos boatos aos bits e bytes

Se você não tem lá muita familiaridade com o mundo da informática, já deve ter se perguntado: "Afinal, o que são esses tais bits e bytes?"

Carlos Ferrari
05/10/2011 | 00:00
Compartilhar notícia


Se você não tem lá muita familiaridade com o mundo da informática, já deve ter se perguntado: "Afinal, o que são esses tais bits e bytes?". Muitos outros, já íntimos das novas tecnologias, com certeza também não devem ter muito claro o que de fato esses nominhos parecidos se propõem a batizar. Como aqui não se trata de uma coluna de informática, não serei eu quem lhe dará essa resposta com clareza. Posso porém dizer que é por meio da combinação de milhares de bits e bytes que são armazenados e disseminados dados e informações por toda a internet. Assim, buscando me utilizar de uma linguagem figurativa, posso afirmar serem eles a matéria-prima que nos permite dar vida a tudo o que trabalhamos no mundo digital.

Toda essa conversa inicial trata-se de um bom aperitivo para discutir com vocês a democratização do fluxo de informações, viabilizada pelas novas ferramentas pós-internet e as infinitas possibilidades de exercício de cidadania, que podem ser pensadas a partir dessa oportunidade. Há pouco menos de duas décadas, fofocas, boatos e histórias mal contadas incomodavam aos envolvidos, dando um grande trabalho para que se pudesse desconstruir tal ‘mal-entendido'. O que dava mobilidade às informações eram as mídias escritas, faladas, televisivas, além, é claro, do bom e sempre atual boca a boca. Isto significa que o fluxo de quase tudo o que se buscava comunicar em geral era de mão única, ou seja, alguém publicava, e tantos outros recebiam.

O momento atual, no entanto, traz como grande diferencial a via de mão dupla. Com o surgimento das redes sociais, e a popularização do acesso à internet, a interatividade consolidou-se como maior característica desse novo mundo "real/virtual".

Na prática, isso significa dizer que tão poderosa quanto a estratégia de uma empresa alicerçada por milhões de investimentos para divulgação de um produto pode ser a mobilização em rede de milhares de clientes insatisfeitos. Manifestando-se pelo Twitter, Facebook, Orkut e tantos outros espaços suas ideias ganham força e, por muitas vezes, acabam tomando uma proporção maior do que qualquer ação de marketing planejada. Vimos nos últimos anos pequenos negócios, novos artistas e jovens escritores conquistando grande visibilidade, tendo por mola propulsora o reconhecimento de suas qualidades por internautas empenhados em compartilhar aquilo que gostaram. Também vimos grandes ditaduras, e marcas poderosas, sendo abaladas e até desconstruídas pela insatisfação de milhões de pessoas, que decidiram simplesmente dizer isso por meio de aplicativos simples instalados em seus celulares, notebooks e em seus computadores de casa e do trabalho.

As pessoas ainda não perceberam o quanto podem a partir das redes sociais. Muitas vezes se articulam de forma intuitiva, e mesmo assim acabam atingindo enorme sucesso. Podemos sem dúvidas ir muito além, potencializando nossas redes e planejando nossas ações. O exercício da cidadania não se trata de algo pronto e acabado. Sempre podemos, e devemos, encontrar novas formas de lutar por direitos e buscar maior equiparação de oportunidades.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;