O setor de call center é uma alternativa para quem está à procura de trabalho. Em plena ascensão, as empresas do ramo pretendem gerar, somente neste ano, cerca de 75 mil empregos diretos, o que representa um crescimento de 11% no número de contratações em comparativo ao ano passado.

Cerca de 52% destes postos já foram preenchidos até a metade deste ano, mas segundo o diretor executivo da ABT (Associação Brasileira de Telesserviços), Carlos Umberto Allegretti, a demanda de funcionários deve ser ainda maior neste semestre.

“Com a proximidade das festas de fim de ano e o aumento no volume de compras, as empresas precisam aumentar o quadro de funcionários”, diz.

Expansão - O crescimento do setor de call center acontece há alguns anos, impulsionado pela expansão e pela democratização do serviço de telefonia no País. Outros fatores, como a popularização dos SACs (Serviços de Atendimento ao Consumidor) e a implementação de serviço de telemarketing nos órgãos públicos, também colaboraram para o aumento da oferta de emprego.

Trabalho - Dados da ABT mostram que o Estado de São Paulo concentra cerca de 60% das vagas de trabalho no setor, sendo que 52% destas oportunidades são voltadas para a Capital. Outros 30% dos postos de trabalho estão distribuídos entre o Rio de Janeiro, Minas Gerais e a Região Sul.

O principal setor contratante de call center é o de serviços financeiros, que faz cobrança de bancos e seguradoras. “As empresas perceberam que a cobrança era uma atividade periférica e decidiram terceirizar o serviço”, explica Emírio Yamada, diretor executivo da Siscom. (Supervisão de Priscila Dal Poggetto)