A Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT/SP inicia hoje a negociação da campanha salarial com a bancada patronal do grupo 3 (que reúne os sindicatos patronais dos setores de autopeças, forjaria e parafusos), às 11h, na sede da federação, em São Bernardo. A segunda reunião está marcada para quinta-feira.
A base do grupo 3 é a maior representada pela entidade, totalizando 115 mil profissionais em campanha salarial em todo o Estado.
Na semana passada, a federação participou da rodada com o grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração, equipamentos ferroviários e rodoviários entre outros), na qual pediu à bancada patronal que apoie o combate às práticas antissindicais nas empresas do setor.
O presidente da federação, Valmir Marques, o Biro Biro, conta que a entidade representa 14 sindicatos metalúrgicos - o que soma 250 mil trabalhadores em todo o Estado. Desse total, 107 profissionais pertencem às indústrias instaladas no Grande ABC (cerca de 40% do total). "É por isso que a região é muito importante nas negociações. As grandes montadoras estão instaladas aqui."
Ele explica que, diante da primeira reunião na semana passada, os empresários se mostraram receptivos às cláusulas apresentadas. A pauta deste ano é composta por, aproximadamente, 70 itens. "Nesse primeiro contato o importante é estabelecer um calendário das próximas reuniões."
Entre as propostas, estão a reposição integral da inflação (previsão de 7,47% no ano); aumento real; redução da jornada de 44 horas para 40 horas semanais, sem diminuição nos salários; valorização dos pisos e extensão da licença-maternidade para 180 dias.
MAIS ENCONTROS - Na sexta, a federação negociará com o grupo 2 (setores de máquinas e eletrônicos), às 10h, na sede do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
Os encontros entre sindicatos e empresários dos grupos 9 (antigo G10, que reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico), fundição, estamparia e montadoras ainda não foram definidos. "Essas (as montadoras) serão as últimas com quem iremos negociar, já que são as mais difíceis e, portanto, demoradas em fechar acordo", conta Biro.
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