Toda mercadoria deve ter número de série e lote. Quem for pego com carga roubada perderá a carga e os bens móveis e imóveis usados para o transporte, guarda e venda da mercadoria. Quem não der baixa em veículo vendido como sucata vai pagar até R$ 10 mil de multa. A indústria deverá pôr mecanismos antifurto nos veículos e quem colocar dispositivos adicionais terá desconto no seguro. Todas essas medidas fazem parte do projeto que cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas, aprovado no dia 6 de dezembro pela Câmara dos Deputados. Foram 334 votos a zero.
O projeto, de autoria do deputado federal Mário Negromonte (PP-BA), chegou quarta-feira ao Senado, onde agora deve ser votado. Ele já conta com o apoio da poderosa Federação do Comércio de São Paulo, além de especialistas em segurança e das empresas de transportes de carga. “Trata-se de um dos mais duros golpes contra o crime organizado no país”, disse Roberto Mira, coordenador nacional de Segurança da Associação Nacional das Transportadoras Rodoviárias de Cargas.
As quadrilhas especializadas em roubo e desvio de cargas causam prejuízo estimado em R$ 1 bilhão por ano no país. Só em 2004, os bandidos atacaram 11,4 mil vezes em todo o Brasil – foram 4 mil roubos em estradas e os demais nas cidades.
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