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França recorda 60 anos do ‘Dia D’
Da AFP
04/06/2004 | 20:12
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Veteranos da Segunda Guerra Mundial, chefes de Estado e de governo da França, EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, Canadá e milhares de turistas comemoram domingo o 60º aniversário do desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia, na França. No famoso Dia D, os aliados mobilizaram mais de 150 mil soldados, no preâmbulo da invasão aliada da França ocupada pelas tropas alemãs.

A cerimônia reunirá na cidade de Arromanches o presidente francês, Jacques Chirac, o chanceler alemão, Gerhard Schroeder, o primeiro-ministro australiano, John Howard, a rainha Elizabeth II, da Inglaterra, e o premiê britânico, Tony Blair, o presidente americano George W. Bush, o premiê canadense, Paul Martin, o presidente russo, Vladimir Putin, além de representantes da UE (União Européia).

Sessenta anos depois da batalha, velhos inimigos hoje reconciliados não esquecerão que o destino da Europa foi decidido em alguns poucos quilômetros de praia, entre os caminhos estreitos dos antigos povoados da Normandia.

“A guerra será vitoriosa ou perdida nas praias. As primeiras 24 horas da invasão serão decisivas. Para os aliados e para a Alemanha será o dia mais longo da guerra”, vaticinou, meses antes, o marechal alemão Erwin Rommel (a Raposa do Deserto), comandante das tropas do Terceiro Reich destacadas à Normandia.

Operação – Dirigida pelo general americano e futuro presidente Dwight David Eisenhower e pelo comandante britânico Bernard Law Montgomery, a operação Overlord, que inspirou vários filmes de Hollywood, mobilizou 156.200 homens: 132.700 pelo mar e 23.400 pelo ar.

No total, 11.500 aviões sobrevoaram as praias normandas e despejaram quase 12 mil toneladas de bombas, para dobrar 150 mil alemães posicionados na região, 50 mil deles na região de desembarque. Da operação, restam as lembranças de seus sobreviventes, algumas fotos salvas da câmera do famoso fotógrafo Robert Capa e os registros por escrito de vários soldados.

As cerimônias simbolizam a reconciliação, mas as feridas de muitos continuam abertas. Autoridades locais admitiram que será difícil ver os veteranos de guerra chegarem ao local luzindo suas medalhas. Historiadores comparam a tragédia dos normandos – 20 mil civis morreram nos bombardeios que reduziram pequenas vilas a montanhas de escombros – com a tática de guerra total usada na guerra civil espanhola (1936-39).

Os bombardeios cegos na Normandia, onde cemitérios à beira-mar lembram a tragédia, foram, para muitos, totalmente desnecessários.




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