Disponível em versão única, utilitário-esportivo custa R$ 335 mil e traz motor 3.5 V6 de 306 cv
Recuperação. Essa é a palavra de ordem da Mercedes-Benz, após um primeiro semestre fraco em vendas, prejudicado pela desvalorização do Real frente ao Dólar e pelas novas regras do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) impostas pelo Governo Federal. E para acelerar essa nova fase, a marca alemã anunciou a chegada da terceira geração do utilitário-esportivo ML, disponível inicialmente somente na versão 350 BlueEfficiency Sport, com preço sugerido de R$ 335 mil.
Além de um design mais moderno e em sintonia com a nova filosofia visual da marca, presente nos modelos CLS e SLK, já vendidos no País, o ML traz mais saúde, novas tecnologias e requinte aprimorado. O motor é o mesmo 3.5 V6 (gasolina) utilizado pelo Classe E, com 306 cv de potência e remapeado para gerar 37,7 mkgf de torque. A transmissão é automática de sete marchas (7G-Tronic Plus). A tração é permanente nas quatro rodas.
A Mercedes-Benz, porém, descartou a possibilidade de vir uma configuração com motor diesel, neste momento. Segundo Glauci Toniato, gerente de marketing de produto da marca, isso só será possível quando todos os postos de combustível do Brasil estiverem fornecendo diesel S50 - de melhor qualidade.
Até o fim do ano, a intenção da montadora é comercializar entre 200 e 250 unidades do ML 350. Estes números, no entanto, podem ser turbinados com a chegada do ML 63 AMG,preparado pela divisão esportiva da marca. De acordo com Glauci, a versão nervosa do SUV, que deve ser apresentado antes do Salão de São Paulo, já está à venda por US$ 319 mil. "Estamos trabalhando para conseguir mais unidades AMG, pois a procura é grande", explicou a executiva.
REFINADA
Apesar da brutalidade imposta pelas medidas bastante generosas - são 4,80 m de comprimento, 1,92 m de largura, 1,79 m de altura e 770 litros de capacidade do porta-malas -, a nova geração do ML está com semblante mais cordial. A grade dianteira está mais discreta e o conjunto óptico foi afilado. A boca inferior do para-choque ganhou aplique cromado.
A lateral manteve linha de cintura elevada e ganhou dois vincos marcantes. Destaque para a coluna ‘C', que cresceu e ampliou a sensação de robustez do ML. A traseira traz lanternas retangulares que invadem parte da lateral.
O interior continua muito bem acabado - padrão Mercedes-Benz. As peças em alumínio estão em equilíbrio com as partes emborrachadas e o revestimento em couro dos bancos e painel das portas.
Em termos de design interno, a fórmula utilizada na terceira geração do ML - a primeira nasceu em 1997 e a segunda em 2005 - é a mesma para os demais veículos da marca. O painel de instrumentos traz dois círculos grandes nas extremidades - velocímetro e conta-giros - e centro com leitor das informações do computador de bordo. O volante multifuncional tem boa empunhadura e traz aletas (borboletas) para trocas de marchas manuais. O ajuste elétrico dos bancos (localizado nas portas) e da coluna de direção estão à mão do motorista.
LONGA LISTA
Como todo Mercedes-Benz que se preze, especialmente um de R$ 335 mil, a lista de equipamentos de série é grande: teto solar elétrico, sistema de estacionamento Active Park Assist (apenas para vagas longitudinais), alerta de pneus murchos, porta-malas com acionamento elétrico, rodas de liga leve de 20 polegadas, ar-condicionado de três zonas, sistema multimídia com GPS e tela de sete polegadas (com acesso à internet), sistema de som com duplo sintonizador, DVD player compatível com MP3 / WMA / AAC, entre outros. Para os passageiros do banco traseiro, duas telas estão fixadas no encosto de cabeça dos ocupantes da frente.
CONCLUSÃO
O ML evoluiu bastante na maioria dos atributos. No entanto, os recursos off-road poderiam ser melhores, afinal, alguns rivais estão um pouco à frente.
Desempenho no ritmo da proposta
O Diário avaliou o novo Mercedes-Benz ML 350 BlueEfficiency Sport na cidade de Campos do Jordão, interior de São Paulo. Apesar do vigor do motor 3.5 V6 de 306 cv e 37,7 mkgf de torque, o que mais impressiona no utilitário-esportivo é a suavidade da transmissão automática de sete velocidades. Com a adoção de um novo conversor de torque, as marchas sobem e descem quase que imperceptíveis, mesmo quando se exige mais do acelerador.
De acordo com a marca, a aceleração de 0 a 100 km/h do ML acontece em 7,6 segundos e a velocidade máxima é limitada eletronicamente a 235 km/h.
Com ajuste firme, porém confortável, a suspensão garante boa manobrabilidade ao SUV fabricado nos Estados Unidos. Ponto positivo também para a tecnologia embarcada: freios adaptativos (ABR) com antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica (EBD); controles de estabilidade (ESP) e tração (ASR); assistente de partida em subida (HSA); e tração permanente nas quatro rodas 4Matic com auxílio eletrônico de tração (4ETS).
OFF-ROAD
Em um rápido e suave exercício fora-de-estrada, o ML 350 mostrou que até faz umas graças na terra - nada, porém, muito radical. Com sistema off-road acionado por meio de um botão no console central, o Mercedes muda o comportamento.
A suspensão passa a fazer uma leitura do piso e se adapta à condução do motorista. Nos obstáculos em que uma das rodas perde tração, o sistema automaticamente faz com que ela fique travada e transfere toda a força para a roda que está no chão.
Nas descidas, o DSC pode ser acionado (botão no console central, também), controlando, automaticamente, a velocidade do grandalhão.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.