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Lula: aprovação das reformas é 'questão de compromisso'
Do Diário OnLine
06/05/2003 | 12:55
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que está otimista em relação à aprovação das reformas e, mais uma vez, ressaltou a importância dessas mudanças para o país. Lula disse que, apesar da oposição apresentada no Congresso, inclusive por partidos da própria base aliada, ele acredita que as reformas tributária e previdenciária serão finalizadas. “O problema não é aritmético”, afirmou o presidente, numa referência ao número de votos necessários para a aprovação.

“O problema é de compromisso histórico com esse país. Não é uma questão aritmética, é uma questão de decisão. Trata-se de você estar preocupado com a próxima eleição ou com a próxima geração. Essa é a única possibilidade de daqui a cinco, seis, sete anos os Estados terem dinheiro para pagar os aposentados. Se não fizermos as reformas, os governadores não terão dinheiro”, disse, ressaltando que, apesar das dificuldades, a União ainda está em melhores condições do que os Estados e determinados municípios em relação à Previdência.

Sem falar nominalmente sobre algum Estado, o presidente fez referência ao Rio de Janeiro, lembrando a dívida do governo estadual e até mesmo da estatal Petrobras. “Até a Petrobras sabe que, um dia, aquele petróleo acaba”, disse. Para ele, a Lei de Responsabilidade Fiscal, feita no governo Fernando Henrique Cardoso, torna as reformas necessárias. “Acabou o tempo em que o administrador público fazia dívidas para a quinta geração”, acrescentou.

Para comprovar a necessidade de mudança, o presidente comparou as reformas com a sua vida pessoal. Ele disse que, à medida que os filhos nasciam, ele teve de promover cortes nos gastos. “Fui aumentando a minha família e diminuindo as minhas despesas. Se não fizermos isso, estaremos sendo irresponsáveis e contribuindo para afundar o meu país.”

Ele ressaltou que a discussão no Congresso Nacional será feita “da forma mais democrática possível”, mas lembrou que as reformas precisam trazer reais mudanças para o país. “Não adianta fazer as reformas se não houver mudanças”, disse o presidente, que anda fez um apelo para os maiores críticos à proposta enviada à Câmara, especialmente à taxação dos inativos.

“Os que forem contra, por favor, me digam, onde vão arrumar o dinheiro para pagar as aposentadorias. Se alguém tiver alguma solução, por favor, me diga. Porque assim a gente acaba de vez com isso e aprova as reformas”, afirmou.




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