“O problema é de compromisso histórico com esse país. Não é uma questão aritmética, é uma questão de decisão. Trata-se de você estar preocupado com a próxima eleição ou com a próxima geração. Essa é a única possibilidade de daqui a cinco, seis, sete anos os Estados terem dinheiro para pagar os aposentados. Se não fizermos as reformas, os governadores não terão dinheiro”, disse, ressaltando que, apesar das dificuldades, a União ainda está em melhores condições do que os Estados e determinados municípios em relação à Previdência.
Sem falar nominalmente sobre algum Estado, o presidente fez referência ao Rio de Janeiro, lembrando a dívida do governo estadual e até mesmo da estatal Petrobras. “Até a Petrobras sabe que, um dia, aquele petróleo acaba”, disse. Para ele, a Lei de Responsabilidade Fiscal, feita no governo Fernando Henrique Cardoso, torna as reformas necessárias. “Acabou o tempo em que o administrador público fazia dívidas para a quinta geração”, acrescentou.
Para comprovar a necessidade de mudança, o presidente comparou as reformas com a sua vida pessoal. Ele disse que, à medida que os filhos nasciam, ele teve de promover cortes nos gastos. “Fui aumentando a minha família e diminuindo as minhas despesas. Se não fizermos isso, estaremos sendo irresponsáveis e contribuindo para afundar o meu país.”
Ele ressaltou que a discussão no Congresso Nacional será feita “da forma mais democrática possível”, mas lembrou que as reformas precisam trazer reais mudanças para o país. “Não adianta fazer as reformas se não houver mudanças”, disse o presidente, que anda fez um apelo para os maiores críticos à proposta enviada à Câmara, especialmente à taxação dos inativos.
“Os que forem contra, por favor, me digam, onde vão arrumar o dinheiro para pagar as aposentadorias. Se alguém tiver alguma solução, por favor, me diga. Porque assim a gente acaba de vez com isso e aprova as reformas”, afirmou.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.