Um jornalista do tablóide sensacionalista britânico 'The Sun' conseguiu colocar, na quarta-feira, uma bomba falsa no parque do castelo de Windsor, onde acontecerá no sábado a recepção do casamento do príncipe Charles.

Alex Peake, acompanhado por um fotógrafo, se fez passar por motorista de distribuição comercial ante os policiais responsáveis pela segurança e apresentou uma falsa ordem de entrega.

Os dois homens conseguiram inclusive passar, levando a caixa, em frente à capela de Saint George, no lado oeste do castelo, onde neste sábado o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, dará a bênção religiosa a Charles e Camilla, após o casamento civil, que será celebrado na prefeitura.

Segundo o Sun, uma caixa de papelão marrom com a palavra 'BOMBA' estava na mala do veículo. "Se a bomba fosse real, poderia ter devastado o castelo e provocar uma carnificina. Poderia, inclusive, ter matado a rainha, que estava presente em Windsor.

Peake, que circulou pelas áreas abertas ao público, afirmou que teria sido fácil aproximar a caminhonete dos aposentos da rainha. Uma porta-voz da polícia anunciou que já foi aberta uma investigação sobre as falhas de segurança.

Providências - O chefe da polícia metropolitana de Londres, Ian Blair, declarou nesta quinta-feira ter ordenado uma investigação para esclarecer a nova violação da segurança planejada pelo jornalista Alex Peake para demonstrar a vulnerabilidade do castelo de Windsor.

"Estou preocupado. Certamente estou irritado", disse Blair, que além de evitar um possível atentado, deverá assegurar que não aconteça um incidente embaraçoso, como o ocorrido há dois anos, no próprio castelo de Windsor, quando um comediante disfarçado de Osama Bin Laden penetrou uma festa do príncipe William.

Esta falha de segurança ocorre depois de dois turistas conseguirem, no domingo passado, invadir o castelo, residência de fim de semana da rainha. Eles passearam tranqüilamente pela área particular do castelo, antes de serem percebidos pela polícia.

Por outro lado, vazou a informação de que a polícia britânica pediu à casa real que garanta parte dos gastos de segurança resultantes do adiamento do casamento de Charles e Camilla, inicialmente previsto para sexta-feira, mas adiado por 24 horas por causa dos funerais do papa João Paulo II, que será enterrado.

O adiamento pressupõe um gasto adicional de cerca de um milhão de libras (US$ 1,9 milhão), para pagar as centenas de agentes que deverão cumprir horas extras para garantir a segurança dos cerca de 700 convidados para a bênção e a recepção no castelo.