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Glaucoma

Glaucoma é uma doença dos olhos causada pela elevação gradual da tensão intra-ocular, provocando a lesão do nervo óptico...

Leo Kahn
11/06/2009 | 00:00
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Glaucoma é uma doença dos olhos causada pela elevação gradual da tensão intra-ocular, provocando a lesão do nervo óptico, comprometimento da visão e sem tratamento pode levar a cegueira.

O glaucoma se apresenta em três tipos: o congênito acomete recém-nascidos e é raro; o secundário ocorre após cirurgia ocular, catarata avançada, uveítes, diabetes, traumas ou uso de corticóides; e o crônico simples ou glaucoma de ângulo aberto, que representa mais ou menos 80% dos casos, incide nas pessoas acima de 40 anos e pode ser assintomático.

No Brasil, 635 mil pessoas não sabem que possuem glaucoma e 985 mil tiveram o diagnostico confirmado. Apenas um quinto desses pacientes apresenta sintomas no início, atrapalhando a busca por tratamentos especializados. Responsável pela maior causa de cegueira irreversível no mundo, a doença atinge cerca de 67 milhões de pessoas.

Os pacientes de maior risco são os negros, que têm maior propensão a desenvolver pressão alta, pessoas com mais de 35 anos e quem tem diabetes. A herança familiar também é importante para o diagnóstico, pois cerca de 6% das pessoas com glaucoma já tiveram outro caso na família.

SINAIS E SINTOMAS:

Dois sinais merecem a atenção: pressão intra-ocular acima da média e alterações no nervo ótico, perceptíveis no exame de fundo de olho.

Assintomática no início, a doença estreita o campo de visão com o passar do tempo. Compromete primeiro a visão periférica, depois, o campo visual diminui progressivamente até transformar-se em visão tubular, com lesão no nervo óptico grave e irreversível.

O médico oftalmologista realiza exames como fundo de olho, tonometro, campimetria que auxiliam no diagnóstico do glaucoma.

SAIBA MAIS:

O diagnóstico precoce do glaucoma é fundamental para o controle da doença.

Pessoas com histórico da doença na família, indivíduos com mais de 40 anos de idade, pessoas da raça negra e asiática, indivíduos míopes que usam lentes acima de seis graus, diabéticos e pacientes que tiveram trauma ocular ou doenças intra-oculares têm mais risco de desenvolver glaucoma.

Consulte com regularidade o oftalmologista a partir dos 35 anos.

Não se descuide da adesão ao tratamento. Muitas pessoas deixam de seguir as recomendações do médico, primeiro pela ausência de sintomas, depois, porque os medicamentos são muito caros. Esse descuido pode ter graves consequências.

O glaucoma tem controle, mas não cura, já que os danos causados ao olho são irreversíveis. Colírios, medicamentos orais, cirurgia a laser, cirurgias convencionais ou uma combinação desses métodos podem facilitar a vida de quem sofre com a doença. O grande problema é a fidelidade ao tratamento, como 80% das pessoas não sentem nada e acabam abandonando.

O SUS (Sistema Único de Saúde) disponibiliza cirurgias para conter a evolução da doença.

O exame oftalmológico de rotina é vital para a saúde de seus olhos, o tratamento precoce pode ajudar a prevenir a perda visual.




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