Pesquisa realizada pelo Imes (Instituto Municipal de Ensino Superior, de Sao Caetano), em março deste ano, aponta crescimento de 453% em nove anos no número de residências que possuem microcomputadores em Santo André, Sao Bernardo e Sao Caetano. A posse de micros passou de 4,7% dos domicílios em 1990 para 26%, em 1999.
Há três anos, 18,1% dos lares das três principais cidades da regiao possuíam microcomputadores, índice per capita muito superior ao verificado, na época, nas principais capitais brasileiras, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em Sao Paulo, a primeira cidade daquele ranking, apenas 8,8% das famílias tinham computadores em sua residência. A capital paulista era seguida por Curitiba (8,3%), Belo Horizonte (7,7%), Porto Alegre (7,2%), Rio de Janeiro (6%), Salvador (4,8%), Belém (3,8%), Recife (3,3%) e Fortaleza (2,7%).
Apesar do alto índice de casas possuidoras do equipamento no ABC, o número de usuários de Internet nesses lares ainda é relativamente pequeno: 16,4% dos entrevistados acessavam a rede por meio de seu PC doméstico, o que revela um mercado promissor pronto para ser explorado.
Esse mercado pode ser mais bem aferido com a constataçao de que apenas 6,1% desses proprietários declararam acessar a Internet fora da residência, e 77,5% nao têm nenhum tipo de conexao à rede. Segundo a pesquisa, no entanto, 36,4% dos entrevistados têm a intençao de conectar-se à rede e, nesse universo, 50% pretendem fazê-lo nos próximos seis meses.
Quem acessa O perfil do usuário da Internet no ABC é: homem (67,2%), casado (54,8%), na faixa etária entre 35 e 44 anos (42,2%), com escolaridade superior completa (37,6%), renda mensal de 20 a 30 salários mínimos entre R$ 2.720 e R$ 4.080 (28,1%) e da classe social B (51,6%).
Os jovens entre 18 e 24 anos respondem por 26,6% dos internautas, e o índice de mulheres que acessam a rede é de 32,8%.
Consumidor Os internautas do ABC mostraram-se conservadores para realizar compras pela rede. Apenas 3% dos usuários ou 0,3% da populaçao com idade a partir de 18 anos afirmaram ter efetuado algum tipo de compra pela rede em seis meses.
Dentre 11 alternativas disponíveis na pesquisa para justificar a nao-compra pela Internet, 19,4% assinalaram que nao têm uma visualizaçao perfeita do produto. A segunda resposta mais usada pelos entrevistados, 16,1%, revela que a compra no cartao de crédito os deixam inseguros, seguida pela falta de um cartao de crédito, com 12,9%.
A pesquisa semestral do Imes foi realizada entre os dias 1º e 20 de março nos municípios de Santo André, Sao Bernardo e Sao Caetano. Coordenada pela professora Maria do Carmo Romeiro, a pesquisa possui margem de erro de 4% para os resultados obtidos a partir do total de casos, enquanto a confiança é de 95,5%.
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