O programa, com duração aproximada de uma hora e sem intervalos, começa com As Bachianas nº 4, de Villa-Lobos, que a sinfônica executa pela primeira vez neste teatro.

Na seqüência, Niza sobe ao palco para cantar três músicas: a ária Hino ao Sol da ópera O Galo de Ouro, de Rimski-Korsakov; Vocalize, de Rachmaninov, e a ária Mia Piccirella (de Salvador Rosa, de Carlos Gomes).

O programa termina com La Valse, de Ravel. Segundo o maestro Flavio Florence, a peça oferece dificuldades tanto de conjunto quanto de escrita, o que obriga os músicos a trabalharem como um grande grupo de câmara. “Ninguém pode tocar uma nota só sem ouvir o companheiro”, diz.

La Valse é tão cheia de idéias e variações que, conforme se aproxima do final, fica cada vez mais caótica até culminar no caos total, com uma anti-valsa.

Mas não é só esta peça o grande atrativo da noite. O concerto é uma rara oportunidade de conferir de perto o irretocável desempenho de Niza, sobretudo em Mia Piccirella, pois a soprano é a mais conceituada intérprete de seu conterrâneo, o campineiro Carlos Gomes. Niza tem mais de 40 anos de carreira.

Destaques – Este domingo também é o último dia para conferir outros interessantes trabalhos. No Credicard Hall, o Ballet Kirov mostra O Corsário. No Teatro Alfa, a companhia de ópera chinesa Kuo-Kuang encerra temporada. Em teatro, os destaques são Antes do Café, em cartaz em Mauá, e Os Lusíadas, em São Paulo.