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Letícia Colin ganha papel de batalhadora
Da TV Press
22/06/2008 | 07:14
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Ainda não vai ser dessa vez que Letícia Colin vai deixar de ser garotinha. Contratada da Record, a atriz andreense de 18 anos já começou a gravar suas cenas como a prendada Viviane de Chamas da Vida, novela da faixa das 21h30 com previsão de estréia para julho.

Na trama de Cristianne Fridmann, a atriz encarna uma menina órfã de apenas 15 anos que vive com os irmãos e, por conta das dificuldades financeiras, assume todas as tarefas domésticas.

O que para Letícia já é um estímulo e tanto, já que seus últimos trabalhos giraram em torno de personagens ricas, mimadas e ligeiramente fúteis. "A idéia é explorar o cotidiano dessas jovens brasileiras que ralam em casa e não sabem o que é ter uma mãe ou uma empregada ajudando", adianta.

Para ajudar na composição, Letícia passou a prestar mais atenção em todas as tarefas que uma casa necessita. A atriz, que mora com a mãe, assume nunca ter se dado conta de todos os afazeres que caracterizam a vida das donas-de-casa e se mostra a cada dia mais surpresa.

Mas, para se redimir e mostrar que não chega nem perto de ser uma jovem mimada, faz questão de frisar que essa não é a primeira vez que se vê tentando aprender a cuidar de um lar.

"Sempre pedi para a minha mãe me ensinar a cozinhar e cuidar da casa, mas nossa vida é tão corrida que ela achava melhor não demorar e fazer tudo sozinha, porém depressa", justifica ela, que interpretou a aspirante a vilã Helô em Luz do Sol.

Além das tarefas domésticas, a personagem de Letícia estará em um dos triângulos amorosos de Chamas da Vida. A melhor amiga de Viviane, Cínthia, de Giordanna Fortes, fica caidinha pelo ricaço Guga, de Thiago de Los Reyes.

Só que o rapaz se encanta mesmo é com Viviane, que na história, não dá a menor trela para ele porque não quer se envolver com garotos endinheirados.

"Ela acredita que todos os ricos são burgueses chatos e sem qualquer atrativo que não seja financeiro", explica.

Apesar de ter consciência de que várias pessoas do meio televisivo ainda a enxergam como uma adolescente, Letícia não sente pressa em mudar essa imagem.

Primeiro, porque acredita que tem conseguido fugir do rótulo de menininha chata que várias atrizes ganham com papéis, como ela mesma classifica, "abobalhados". "Há um olhar bobo em cima de tudo que é feito para esse público. Saio irritada de quase todas as peças que são feitas com temas jovens", confessa.

E, segundo, porque acredita que no fim do ano vai surpreender muitos profissionais. Tudo por conta de sua atuação como a Maria Cecília, a protagonista da nova versão para o cinema da peça Bonitinha Mas Ordinária, de Nelson Rodrigues. Mas jura que não quer provar nada para ninguém.

"Só quero mostrar que posso fazer cinema, me doar para um bom trabalho e, principalmente, ajudar a apresentar o Nelson Rodrigues para os jovens com uma linguagem contemporânea", garante ela, que interpreta uma jovem que teria sido estuprada por cinco homens.

Letícia mostra em pequenos comentários e várias respostas toda a seriedade com a qual trata sua profissão. E, longe de qualquer deslumbre, se esforça para conseguir conciliar as gravações com as aulas da faculdade de Comunicação Social na PUC/RJ e os encontros de Cenografia em Curso, ministrado pelo cenógrafo Hélio Eichbauer, no Teatro Poeira, também no Rio.

Neste último, chega a ter lições de Filosofia, Geometria, Física Quântica e Mitologia Grega. "Gosto de fazer uma coisa estudando outra. Sinto falta de ter aulas, sentar e ouvir um professor me ensinar algo novo e interessante", diz Letícia, que já tem oito anos de carreira.




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