O projeto de ratificação foi aprovado por 139 senadores – eram necessários 91 votos (dois terços da Casa). A sossegada margem de apoio a favor do Protocolo de Kyoto confirma a disposição russa em fazer valer o acordo ambiental intermediado pelas Nações Unidas (ONU).
Importância - A adesão da Rússia ao Protocolo de Kyoto, que só será concretizada 90 dias após o envio da proposta à ONU, praticamente salvará o acordo mundial contra a emissão de gases que formam o chamado 'efeito estufa'. Como os Estados Unidos se recusaram a assinar o protocolo, em 2001, o sucesso do projeto passou a depender diretamente da adesão russa.
O tratado impõe que os países industrializados controlem as emissões de gases causadores do efeito estufa – fenômeno que captura o calor do sol e aquece gradativamente a superfície terrestre, alterando seu sistema climático, delicadamente equilibrado.
Desde que foi esboçado, em 1997, o protocolo de Kyoto tornou-se um cabo-de-guerra entre a União Européia (que fortemente o apóia) e os Estados Unidos (que lavaram as mãos depois que George W. Bush assumiu a presidência, em 2001).
Durante anos a Rússia ficou em cima do muro, mas decidiu engrossar o Protocolo em setembro passado. A adesão, patrocinada por Putin, dividiu os políticos do país.
Uma parte afirma que o compromisso abre excelentes possibilidades financeiras à Rússia, que poderá vender suas quotas de emissões de gases causadores do efeito estufa para outros signatários industrializados. Outra parte aponta que a Rússia foi pressionada a ratificar o pacto. Fala-se que Moscou aceitou ratificar o protocolo em troca do apoio da União Européia ao ingresso do país na OMC (Organização Mundial do Comércio).
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