O pedido de afastamento de Tourinho foi formulado pelo procurador da República em Mato Grosso, José Pedro Taques, que o acusa de desvio de dinheiro do Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam) para beneficiar várias empresas na regiao.
O juiz diz, na sentença que, de acordo com o relato dos auditores fiscais responsáveis pela apuraçao das irregularidades "ficou caracterizada a intençao de prejudicar as investigaçoes nesta açao civil pública e na esfera administrativa".
Tourinho evitou comentar a decisao do juiz, mas afirmou: "Fui nomeado pelo presidente da República e, em qualquer situaçao, só posso ser exonerado ou afastado do cargo por decreto do próprio presidente."
Ele disse ter conversado sexta-feira Angelis, de quem teria ouvido a seguinte frase: "Dr. Tourinho, nao tem nada no governo contra o senhor."
O superintendente avisou que segunda-feira pela manha, irá para o gabinete na Sudam "despachar normalmente". Ele acrescentou: "Nao tenho do que me envergonhar e vou continuar trabalhando com toda dignidade; se houve desvio de dinheiro, nao foi da Sudam, mas de empresários."
Na véspera da decisao da Justiça de Mato Grosso, Tourinho havia desmentido desvio de recursos do Finam. Neste sábado, ele anunciou que quatro empresas tiveram os incentivos fiscais cancelados: Companhia de Mecanizaçao da Amazônia (CMA), Curtume do Pará, Fazenda Alto Bonito e Alya Agroindustrial.
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