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Sto.André mantém rotina em parque após acidente
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
02/08/2005 | 08:17
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Apesar do acidente envolvendo o estudante Lucas Salles Denone, 7 anos, no Parque Celso Daniel na tarde de domingo, a Prefeitura de Santo André informou que a rotina do local será mantida e que não colocará uma ambulância no local. O menino despencou de uma árvore tombada, de uma altura de cerca de 3 metros. Socorrido pelo resgate do Corpo de Bombeiros e levado ao Centro Hospitalar Municipal, o garoto passou por uma série de exames de raio X e foi liberado na mesma noite.

De acordo com o servidor público estadual Sérgio Denone, segunda-feira o filho já não sentia mais dores nas costas e à tarde foi para a escola. Lucas - mora com a mãe, no bairro do Ipiranga, na capital - e veio a Santo André com o pai conhecer o parque.

O pai do estudante voltou a reclamar das condições de atendimento no parque. "Os guardas municipais deviam ser melhor preparados. Tive de ligar do meu celular para chamar o resgate. Se fosse algo mais grave, meu filho podia até ficar paraplégico, porque o local não tem ambulância nem posto de atendimento médico."

A Prefeitura de Santo André evitou o assunto. Por meio de nota, disse lamentar o episódio e informou que o fato não justifica a mobilização de um aparato de emergência. "Ficando nesses locais (as ambulâncias), causariam deficiência para os demais atendimentos de rotina do serviço na cidade", diz a nota. Em relação à árvore, a administração alegou que não está no local como equipamento de lazer e jogou para os pais a responsabilidade de cuidar para que as crianças não subam nela.

A reportagem do Diário percorreu os principais parques da região na manhã de segunda-feira e não encontrou ambulâncias em nenhum deles. De cinco parques visitados, somente os parques Cidade de São Bernardo (São Bernardo) e Chico Mendes (São Caetano) possuem postos de atendimento médico. Em São Bernardo, segundo a Prefeitura, em eventuais casos de emergência os guardas municipais acionam o Pronto-Socorro Central ou a UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Deise, que ficam próximos ao parque. Em São Caetano, o procedimento é semelhante.

Segundo o Departamento de Pesquisa Jurídica da Assembléia Legislativa de São Paulo, não há no Estado lei que obrigue parques municipais ou estaduais a manterem serviço de ambulância ou atendimento médico em suas dependências.

Para o ex-jogador de futebol do Santo André, Edmílson Andreo, que segunda-feira pela manhã caminhava no Parque Central, em Santo André, o atendimento médico nos parques é fundamental. "Não só no caso de uma criança, que pode se ferir. Muitos idosos fazem caminhada. E se alguém passar mal?", questionou.




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