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Nova onda de atentados deixa pelo menos 20 mortos em Bagdá
Do Diário OnLine
Com AFP
05/05/2005 | 10:14
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Ataques contra as forças de segurança deixaram pelo menos 20 pessoas mortas em Bagdá, capital iraquiana, na manhã desta quinta-feira. Os atentados sangrentos aconteceram no mesmo momento em que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, confirmou a permanência das tropas de seu país no Iraque, apesar do caso do agente italiano morto por americanos.

O atentado mais sangrento desta quinta aconteceu contra um centro de recrutamento do Exército, no antigo aeroporto de Muthanna, no centro. Treze pessoas morreram. Poucas horas antes, dois ataques contra patrulhas de polícia resultaram na morte de oito policiais e deixaram dois feridos, informou uma fonte do ministério do Interior.

Além disso, um policial morreu e seis pessoas ficaram feridas em um ataque com carro-bomba contra a residência do general Kikmat Mussa Salmane, subsecretário de Estado para Assuntos Policiais, que não estava em casa no momento do atentado.

Três dos quatro veículos da polícia foram incendiados pelos criminosos nestes ataques nas zonas sul e oeste de Bagdá. Um soldado ferido afirmou que o atentado suicida do aeroporto de Muthanna foi cometido por um suicida que se misturou aos candidatos ao posto de recruta. "Vi um jovem vestido com uma camisa negra se misturar entre os recrutas antes de ouvir a explosão", disse o soldado, que ficou ferido em um pé.

O centro de recrutamento, alvo de muitos atentados suicidas sangrentos nos últimos meses, foi isolado por altas barreiras de cimento e alambrados.

Na quarta-feira, um suicida se misturou entre os candidatos a uma vaga de emprego que estavam diante de um centro de recrutamento em Erbil, no Curdistão (norte), antes de detonar seu cinturão de explosivos, matando 46 pessoas. O atentado foi reivindicado pelo grupo islamita Ansar al-Suna.

Em Roma, num discurso ao Parlamento, Silvio Berlusconi afirmou que os militares americanos têm uma responsabilidade na morte do agente secreto italiano Nicola Calipari, que faleceu no dia 4 de março em Bagdá, mas acrescentou que não há relação entre o homicídio e a presença de quase 3 mil soldados italianos no Iraque. Em um discurso na Câmara dos Deputados, Berlusconi também declarou que uma eventual retirada das tropas italianas do Iraque acontecerá apenas de maneira combinada com os aliados.




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