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Em mais um dia violento no Iraque, ataques matam 27 pessoas
Por Da AFP
23/04/2007 | 16:41
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Pelo menos 27 pessoas morreram em atentados nesta segunda-feira no Iraque, apesar da mobilização do Exército americano e das tropas iraquianas para conter a violência no país.

Segundo o secretário de comunicação do partido Abdul Gani Ali, o pior atentado deixou dez mortos e 20 feridos na região de Mossul (norte). Um carro-bomba explodiu nas imediações da sede do Partido Democrático Curdo, em Tal Isquf (30 km ao norte de Mossul).

Em Bagdá, sete pessoas faleceram e 14 ficaram feridas em um atentado suicida perto de um restaurante.

O atentado aconteceu a poucos metros do principal acesso à Zona Verde, setor ultraprotegido do centro de Bagdá que abriga a embaixada americana no Iraque e vários ministérios iraquianos.

A explosão de um carro-bomba também perto da Zona Verde deixou pelo menos um ferido.

Quatro policiais morreram e 25 pessoas ficaram feridas, incluindo vários oficiais, na explosão de outro carro-bomba em Baaquba, 60 km ao norte de Bagdá.

No domingo, pelo menos 47 pessoas faleceram em atentados no Iraque.

Divisão -As ações violentas acontecem em meio à polêmica construção, por parte dos soldados americanos, de um muro ao redor de um bairro sunita de Bagdá, com o objetivo de proteger a população dos atentados com motivação religiosa. A iniciativa é muito criticada pelos habitantes e deputados iraquianos.

Nesta segunda-feira, os militares americanos anunciaram o prosseguimento do "diálogo" com o governo iraquiano para "para estabelecer medidas de segurança eficazes e apropriadas".

A declaração prudente é uma conseqüência das críticas do primeiro-ministro Nuri al-Maliki à construção do muro de Adhamiya, um dos últimos enclaves sunitas na zona leste xiita de Bagdá.

"Me opus à construção do muro e a construção será interrompida", disse o premier no domingo no Cairo.

O objetivo da construção do muro de Adhamiya não é isolar o bairro e sim protegê-lo, disse o primeiro-ministro, que, no entanto, pediu outros meios de proteção para o bairro.

Segundo o Exército dos Estados Unidos, o muro tem como meta impedir que eventuais esquadrões da morte xiitas cometam atentados para provocar a fuga dos sunitas do bairro, além de evitar que os insurgentes sunitas utilizem este reduto como base para ataques nos bairros xiitas.

No Cairo, onde iniciou uma viagem regional para preparar a conferência internacional sobre o Iraque do começo de maio no Egito, Maliki afirmou que a violência no país não é provocada por um conflito sectário e sim pela Al Qaeda e seus aliados.



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