Um estudo divulgado nesta quinta-feira revelou que homens e mulheres têm a mesma quantidade de sonhos eróticos, mas as fantasias sexuais são bem diferentes.

Enquanto as mulheres tendem a fantasiar com astros de cinema, do rock, políticos ou amantes passados e presentes, os homens tendem a imaginar relações com várias parceiras, em público ou em locais desconhecidos. As afirmações são feitas pelo autor do estudo, Antonio Zadra, professor adjunto do departamento de psicologia da Universidade de Montreal no Canadá.

Segundo a pesquisa, as mulheres tiveram a mesma quantidade de sonhos eróticos que os homens. Isso representa uma mudança em relação a um estudo anterior de 1960 que concluiu que os homens sonhavam muito mais com sexo que as mulheres. A conclusão pode significar duas coisas: que elas se sentem agora mais livres para falar do tema ou que têm mais sonhos eróticos após a revolução sexual dos anos 60.

As mulheres que participaram do estudo registraram o dobro de sonhos envolvendo famosos que os homens. Nos cenários imaginários femininos foram citados atores como Brad Pitt ou George Clooney, assim como o cantor Bono, do U2. Por sua parte, os homens sonham duas vezes mais que as mulheres com a fantasia de dividir a cama com várias parceiras. Amantes passados e presentes apareceram em 20% dos sonhos femininos, e em apenas 14% dos masculinos.

Em seus mundos imaginários, os homens quase nunca precisaram colocar os egos em jogo para seduzir as mulheres. Em 90% dos casos sonhados foram elas quem deram o primeiro passo. De acordo com o coordenador do estudo, este padrão pode refletir boa parte das ilusões, levando em consideração as habituais regras sociais no mundo da sedução e dos encontros.

Finalmente, na hora de lembrar sonhos eróticos que envolvam frustrações sexuais, os dois gêneros têm histórias muito distintas para contar. As mulheres narraram cenários nos quais a emoção do encontro pareceu desaparecer por algo que aconteceu ou pelo ritmo imposto pelo parceiro. Para os homens, o caso mais habitual teve relação com parceiras que se negaram a participar de certas atividades ou com planos de escapadas sexuais fracassadas por algum motivo. “Talvez suas demandas tenham sido pouco realistas até mesmo para as personagens imaginárias”, explicou Zadra.

O estudo teve como base entrevistas com mulheres e homens que registraram seus sonhos durante um período de duas a quatro semanas. Os voluntários acumularam 3,5 mil sonhos, dos quais apenas 8% com teor erótico.